Nicarágua: domingo de oração, depois do atentado à Catedral de Manágua
Isabella Piro/Mariangela Jaguraba – Vatican News
O domingo, 2 de agosto, foi dedicado à oração e silêncio na Arquidiocese de Manágua, na Nicarágua, por causa do ataque perpetrado na última sexta-feira (31/07), contra a catedral. Segundo algumas testemunhas, um homem encapuçado jogou uma bomba de coquetel molotov na capela do “Sangue de Cristo” dentro do templo dedicado à Imaculada Conceição.
As chamas causadas pelo incêndio queimaram um antigo Crucifixo. “Súplicas e lágrimas” marcaram o dia convocado pelo arcebispo local, cardeal Leopoldo José Brenes. Em seu site, o Conselho Episcopal Latino-americano (Celam) ressalta que a iniciativa teve como objetivo “rezar como um ato de reparação pelo ultraje, falta de respeito, sacrilégio e profanação de Jesus em sua presença real no Santíssimo Sacramento”. O cardeal Brenes pediu aos fiéis para perdoarem o autor do atentado, enfatizando que “esta ação perversa feriu todos nós, sacerdotes, religiosos e religiosas, fiéis, homens e mulheres de boa vontade”.
As modalidades
O Dia de oração e silêncio foi vivido em todas as igrejas, paróquias e capelas da arquidiocese, e também em casa e nas redes sociais, através de algumas iniciativas: permanecer em silêncio durante o dia inteiro, rezar diante do Crucifixo, jejuar, rezar o terço, promover “a paz nos corações para não cair na tentação da provocação e do ódio”.
Solidariedade internacional
Continuam chegando mensagens de solidariedade de várias partes do mundo à Igreja em Manágua. Numa nota, assinada por toda a presidência, o Celam afirma: “Unimo-nos em solidariedade à Igreja nicaraguense que acompanha incansavelmente seu povo”, não obstante “os problemas estruturais de ordem econômica e social”, aos quais se acrescentam “os rigores da pandemia” de coronavírus, e “as adversidades a que resistem arraigados na fé, da qual retiram força e esperança para superar as dificuldades, com uma demonstração exemplar de generosidade e fraternidade”. “Condenamos este e qualquer outro ato de sacrilégio ou profanação que atenta contra a vida espiritual dos fiéis e a obra evangelizadora da Igreja, especialmente nestes tempos difíceis de pandemia em que vivemos”.
Esforços de paz
A nota do Celam conclui com a esperança de que as autoridades esclareçam o mais rápido possível a dinâmica deste ato de violência “que nunca é aceitável, de forma alguma, de onde quer que venha”. “Todos devem continuar se esforçando para viver em paz e harmonia, trabalhando para o desenvolvimento de nossos povos”, conclui o Celam.
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