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Na Polônia, dia de orações e coletas em favor do Líbano

Queremos contribuir para a reconstrução material e espiritual. Neste domingo, a Igreja na Polônia promove orações e arrecadação de fundos em solidariedade às vítimas da catástrofe em Beirute. Sobre isso, falou ao Vatican News o porta-voz dos bispos poloneses, padre Paweł Rytel-Andrianik.

Lisa Zengarini e Gabriella Ceraso – Vatican News

Por iniciativa da Conferência Episcopal, a Igreja na Polônia, juntamente com outras Igrejas do mundo, está se mobilizando em favor do Líbano. Neste domingo, 16 de agosto, realiza-se um dia especial de oração e solidariedade pelas vítimas e habitantes de Beirute, devastada pelas terríveis explosões do último dia 4 de agosto, que provocaram a morte de mais de 170 pessoas, ferimentos em 6 mil, além de 300 mil desabrigados.

“Assim como ajudamos as vítimas de outras tragédias, também queremos que o Líbano mostre nossa nobreza de espírito e expresse concretamente nosso amor fraterno”, afirmou Dom Stanisław Gądecki, ao convidar todas as Igrejas a rezar pelos falecidos e sobreviventes, mas também a contribuir para a arrecadação de fundos organizada pela Caritas Polônia. As exigências, no entanto, são muito maiores, escreve em seu apelo o bispo de Poznań.

O Vatican News perguntou ao padre Paweł Rytel-Andrianik, porta-voz da Conferência Episcopal Polonesa, como a Polônia se preparou para este dia?

R.- Tendo em mente o apelo do Papa Francisco ao mundo para a ajuda ao Líbano, a Igreja na Polônia se apressou em ajudar espontaneamente os habitantes deste país. O presidente da Conferência Episcopal Polonesa, Dom Stanisław Gądecki, convocou para este domingo, 16 de agosto, um Dia de Solidariedade com os habitantes de Beirute. O presidente do Episcopado polonês pediu que em todas as igrejas e capelas da Polônia, na oração comum, fosse acrescentada a invocação pelos vivos e mortos da tragédia. Ele também pediu que neste dia, em frente a todas as igrejas e capelas da Polônia, depois de todas as Missas, fosse organizada uma coleta de fundos para as vítimas, por meio da Caritas Polônia. Ao mesmo tempo, um dia após a tragédia, bombeiros e médicos poloneses foram ao local para prestar ajuda. Orações pelas vítimas da tragédia de Beirute já estão sendo realizadas nas igrejas na Polônia.

Que contribuição vocês pretendem dar como Igreja e como país com esta iniciativa?

R. - Queremos oferecer um apoio quer espiritual como material. A comunidade cristã local, que mora em três bairros próximos ao porto, é a que mais sofre. Pelo menos 10 igrejas foram destruídas e muitas pessoas perderam suas casas. Queremos ajudar essas pessoas a reconstruir suas casas e templos e apoiá-las com oração neste momento difícil pelo qual estão passando, pela morte de seus entes queridos e pela enormidade da destruição.

Crise social, pobreza, divisão políticas: no caso do Líbano, o Papa Francisco chama a Igreja a deixar tudo para estar perto dos necessitados. Como vocês vivem esse apelo?

R. - A assistência ao Líbano é prestada há muito tempo pela Caritas Polônia. É sabido que o país vive há meses uma grave crise social e econômica, além de uma difícil situação provocada pela pandemia do coronavírus e pela guerra na Síria. As condições de vida de toda a sociedade, não apenas dos cristãos, são muito difíceis. Agora que se abateu esta tragédia sobre Beirute, a assistência deve ser intensificada de forma que as pessoas não se sintam sozinhas. Devemos apoiar os libaneses, mostrar solidariedade, algo que a Polônia está tentando fazer.

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16 agosto 2020, 08:34