Japão: apelo da Arquidiocese de Tóquio a não desperdiçar água
Vatican News
“Assumir a responsabilidade” de proteger a água, que infelizmente muitas vezes é “maltratada, poluída e desperdiçada”, colocando em perigo “a sobrevivência e a saúde dos seres humanos”.
Esta é a exortação da Arquidiocese de Tóquio que num subsídio litúrgico dedicado à água, “fonte da vida”, divulgado neste mês de setembro, focalizado na proteção da vida em todas as suas formas, inspira-se no documento “Aqua fons vitae” do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, divulgado em março passado, por ocasião do Dia Mundial da Água. No documento, a Igreja exorta os fiéis à oração e à ação concreta na salvaguarda dos recursos hídricos.
Segundo o jornal da Santa Sé, L'Osservatore Romano, a arquidiocese japonesa recomenda aos fiéis pequenos gestos cotidianos para proteger este precioso recurso: por exemplo, “regar as plantas e árvores secas que vemos ao nosso redor e cultivar novas, refletir sobre o valor purificador da água benta aspergida no final das celebrações, ouvir músicas ou assistir filmes que ajudam a entender o valor social e cultural dos recursos hídricos que são uma memória coletiva da humanidade”. Não só: a Arquidiocese de Tóquio também sublinha o valor da “promoção da paz” que a água possui. Na verdade, é “uma ponte, um elemento que cria cooperação e diálogo”, ajuda a formar “uma maior coesão social” e a ampliar a “solidariedade”. Por esta razão, os fiéis são convidados a debater sobre a importância de economizar água e a melhor maneira de preservá-la.
A Igreja sugere aos fiéis de visitar “as instalações de depuração e distribuição em suas áreas”, aprofundando este tema na família e na comunidade. Também é central o chamado a não ver os recursos hídricos simplesmente como uma mercadoria que pode ser “possuída, saqueada, administrada, consumida e trocada”, pois eles são “um elemento essencial de todas as formas de vida”. Nessa ótica, os cristãos são convidados a se informar sobre o problema da privatização da água, de modo a estarem mais conscientes.
Outro ponto essencial mencionado pela arquidiocese nipônica diz respeito ao drama da “privatização do mar, realizada em benefício exclusivo dos grandes agentes econômicos”. Portanto, deve ser chamada de “predação do mar”, uma vez que priva os pequenos pescadores de seus direitos.
Os fiéis são convidados a verificar se não há vazamentos de água em suas casas para não desperdiçá-la inutilmente. “Cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo ainda não têm água potável suficiente porque as nascentes estão muito distantes ou muito poluídas” e isso ameaça fortemente sua saúde.
A última sugestão feita pela Arquidiocese de Tóquio é que “quando você estiver com sede, encha um copo de água até a metade e beba. Somente se necessário, acrescente mais água”. Um pequeno gesto, aparentemente banal, mas que ajuda a não desperdiçar a nossa “fonte de vida”.
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