Famílias em fuga dos jihadistas em Moçambique recebem assistência da AIS Reino Unido
Vatican News
A Ajuda à Igreja Sofre do Reino Unido comprometeu-se em apoiar um projeto na Diocese de Pemba, que irá prestar assistência psicológica e pastoral a famílias que fogem de extremistas afiliados ao Daesh (IS) em Cabo Delgado, no norte do país.
Após os combates que devastaram a província desde o final de 2017, Cabo Delgado e toda a Diocese de Pemba - conforme relatado por Dom Luiz Fernando Lisboa, à AIS Reino Unido - enfrentam um grande desafio.
“Não existe uma única paróquia em nossa diocese - disse o prelado - que não tenha acolhido as pessoas que tiveram que abandonar suas casas, fugindo da violência no norte”, ao todo mais de 250 mil pessoas.
Neste cenário, Dom Lisboa falou sobre o quanto a diocese tenha necessidade de pessoas capazes de ajudar estes homens e mulheres em fuga; precisa de padres, freiras e agentes pastorais leigos que prestem serviços psicológicos e psicoterapêuticos para traumas, que visitem as famílias, os Centros para deslocados internos (PDI), prestem assistência e criem grupos de apoio nas paróquias, e que também sejam capazes de implementar estratégias pastorais para enfrentar a crise em curso em Cabo Delgado.
“Por isso - explicou -, todos os dias damos uma adequada formação aos sacerdotes, religiosos e agentes pastorais no tratamento dos traumas, para que tenham os instrumentos necessários para este ministério”.
“Como não responder com amor aos sofrimentos causados pela crise em curso no norte de Moçambique?”, perguntou por sua vez Neville Kyrke-Smith, diretor nacional da Ajuda à Igreja que Sofre do Reino Unido, comentando sobre a ajuda prestada pela fundação de direito pontifício.
“Ao cuidar das famílias deslocadas - explicou ela -, ajudamos a oferecer o amor de Cristo a quem precisa. Isso só acontece graças à compaixão e orações dos benfeitores da AIS”.
Desde que Al Sunnah wa Jama'ah - um grupo religioso muçulmano radicalizado - começou sua campanha de terror em outubro de 2017, mais de 2.600 pessoas foram brutalmente assassinadas e centenas desapareceram em Moçambique. Além disso, um êxodo em massa de cerca de 300.000 pessoas levou ao abandono de dezenas de povoados.
Em junho de 2019, o grupo declarou sua filiação ao Estado Islâmico. A partir do final de 2019, os ataques se intensificaram em todo o norte da província e militantes tomaram o controle do território, incluindo a cidade portuária de Mocímboa da Praia.
Vatican News Service - AP
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