Caritas polonesa ajuda os refugiados venezuelanos na Colômbia
Vatican News
Os poloneses doaram 108 mil e 921 euros ao projeto “Pacote para a Venezuela”, um programa de ajuda alimentar para os refugiados venezuelanos que fugiram para a Colômbia. A iniciativa é promovida pela Caritas polonesa, junto com a Caritas colombiana, o Banco de Alimentos da Diocese de Cúcuta e a distribuidora de alimentos portuguesa “Jerónimo Martins”. “Uma ajuda vital para as milhares de famílias que vivem nos territórios colombianos na fronteira com a Venezuela, para as quais a fome é uma realidade cotidiana que se tornou dramática por causa da pandemia da Covid-19”, explica uma nota da Caritas polonesa.
Os dados informados pela Caritas Venezuela sobre a emergência alimentar no país sul-americano são assustadores: 45% dos venezuelanos nunca comem carne, 74% não comem laticínios, 55% não comem ovos e 58% não têm acesso a produtos com proteínas. Nos últimos cinco anos, a crise econômica obrigou 5 milhões de venezuelanos a deixarem seu país. Metade foi acolhida na vizinha Colômbia. Mais de 200 mil estão alojados em campos improvisados na região fronteiriça do Norte de Santander. O enorme fluxo de migrantes supera a capacidade das autoridades locais de dar um acolhimento digno a essas pessoas. É por isso que a ajuda do exterior é indispensável.
Inicialmente, o projeto de ajuda incluía a distribuição de pacotes de alimentos para as famílias carentes e o apoio a cantinas para venezuelanos e colombianos pobres que vivem nas áreas de fronteira. Entretanto, a pandemia levou ao fechamento das cantinas e os promotores da iniciativa decidiram aumentar o número de famílias às quais destinar diretamente a ajuda alimentar. Para muitas delas, os pacotes de alimentos são a única fonte de subsistência. Nos meses de agosto e setembro, 575 famílias receberam um total de 3 mil e 500 pacotes.
A contribuição generosa dos poloneses surpreendeu positivamente o diretor da Caritas Polônia, pe. Marcin Iżycki, que agradeceu em nome dos beneficiários do programa.
“Os poloneses quiseram ajudar os venezuelanos, não obstante a situação difícil em nosso país, e isso é encorajador”, disse o sacerdote, afirmando que os poloneses ajudaram também “as vítimas da explosão em Beirute e continuam ajudando regularmente os necessitados na Síria”. “Isto mostra que queremos assumir uma maior responsabilidade em relação aos necessitados nas regiões afetadas do mundo e partilhar o que temos”, concluiu.
Vatican News Service - LZ/MJ
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