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"Fratelli tutti". Arcebispo de La Plata: 7 chaves de leitura para a Encíclica

Um dos pilares do documento pontifício é “a cultura do encontro” que, “já tão querida pelo Papa Francisco, adquire agora um desenvolvimento mais novo e mais rico”, destaca dom Fernández. Em particular, o arcebispo argentino insiste nos riscos que a sociedade corre onde “um caminho de verdadeiro encontro” é impedido: por exemplo, a cultura “midiática e virtual, que tende a exasperar, exacerbar e polarizar”, leva a “destruir o respeito pelo outro”

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“Se alguém dissesse não saber como Francisco pensa, com esta nova Encíclica não teria dúvidas: é tudo muito claro”: assim se inicia a longa reflexão com que o arcebispo de La Plata, na Argentina, dom Víctor Manuel Fernández, comenta a Encíclica do Papa Francisco, “Fratelli tutti”, publicada no domingo, 4 de outubro. Uma reflexão que oferece sete chaves para a leitura do documento.

Dinamismo universal do amor

A primeira delas é “o dinamismo universal do amor”: “Ninguém amadurece ou alcança sua plenitude isolando-se”, explica o arcebispo, porque “por sua dinâmica específica, o amor requer uma crescente abertura, uma capacidade cada vez maior de acolher os outros”, integrando “todas as periferias rumo a um sentido pleno de pertença mútua com toda a humanidade”.

E o Papa enfatiza este conceito “neste momento histórico” em que “os conflitos se acendem, os nacionalismos ressurgem” e a pandemia da Covid-19 “corre o risco de agravar a cisão entre o indivíduo e a comunidade”.

Relação entre local e universal

A segunda chave para a leitura da Encíclica é “a relação entre local e universal”: a esse respeito, dom Fernández ressalta que “o amor pelo local é saudável e fecundo somente se for aberto, se se deixa enriquecer, se não for fechado a novos encontros”.

“Hoje é ingênuo fingir que um país pode ser salvo, sem ser atingido pela fome e pelas misérias de outros lugares da Terra”, diz o prelado. “A pandemia deveria ter nos ensinado precisamente esta consciência de que hoje ou somos todos salvos ou ninguém o é.”

Cultura do encontro

Na mesma linha se coloca o terceiro pilar do documento pontifício, ou seja, “a cultura do encontro” que, “já tão querida por Francisco, adquire agora um desenvolvimento mais novo e mais rico”.

Em particular, o arcebispo argentino insiste nos riscos que a sociedade corre onde “um caminho de verdadeiro encontro” é impedido: por exemplo, a cultura “midiática e virtual, que tende a exasperar, exacerbar e polarizar”, leva a “destruir o respeito pelo outro”.

“Não há um encontro saudável se a sociedade avança numa crescente degradação moral, fazendo pouco caso da ética, da bondade, da fé, da honestidade”, ressalta ainda dom Fernández, pois ao fazê-lo “acabamos nos colocando uns contra os outros para preservar nossos interesses”.

Dignidade de todo ser humano para além das circunstâncias

Quanto ao quarto ponto, o arcebispo de La Plata insiste sobre “a dignidade de todo ser humano para além das circunstâncias”: “Um amor verdadeiramente universal, aberto a todos – explica –, pressupõe uma convicção de fundo, isto é, o imenso, inalienável e inviolável valor de cada pessoa humana, a dignidade de todo ser humano que ninguém tem o direito de ignorar ou prejudicar”. E esta convicção “tem muitas consequências concretas como, por exemplo, a firme rejeição à pena de morte”, frisa o prelado.

Destino comum dos bens

Por sua vez, a quinta chave para leitura de “Fratelli tutti” diz respeito ao “destino comum dos bens”, ao qual ilustrando “o Papa dá um passo adiante – explica dom Fernández – aplicando este princípio à dignidade de cada pessoa, para além do lugar de nascimento”.

E isto o leva a afirmar que “cada país é também do estrangeiro, porque as diferenças de cor, de religião, de capacidade, de lugar de nascimento, de residência não podem ser antepostas à sua dignidade inviolável”.

Promoção humana através do trabalho

A Encíclica também tem um sexto pilar, que é a “promoção humana através do trabalho”: longe de propor que “as pessoas vivam de benefícios – explica o prelado argentino –, Francisco enfatiza que, numa sociedade verdadeiramente desenvolvida, o trabalho é uma dimensão indispensável da vida social, pois não é apenas uma forma de ganhar a vida, mas também um instrumento para o desenvolvimento pessoal, para se expressar, ao mesmo tempo em que se sente corresponsável pelo desenvolvimento do mundo, de modo a viver como povo”.

Ao mesmo tempo, recorda o prelado, a Encíclica ressalta que o emprego deve ser acompanhado de “uma vida integral e plena”, na qual haja “o justo ritmo”, “a sabedoria de parar”, “a capacidade de contemplação” e a possibilidade de viver a dimensão familiar.

Necessidade de “uma política saudável”

Por fim, como sétima e última reflexão sobre “Fratelli tutti”, o arcebispo de La Plata lembra a necessidade de “uma política saudável”, ou seja, “não sujeita à economia e aos poderes tecnocráticos”, não sob o risco de “políticas populistas desviantes”, mas ao trabalho pelo bem comum. Um contexto no qual também “as diferentes religiões podem dar uma contribuição valiosa”, atuando em favor da “fraternidade e da defesa da justiça na sociedade”.

Vatican News – IP/RL

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