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Jovem Maria Clara com a família Jovem Maria Clara com a família 

Jovens que buscam a santidade

Em tempo de indiferentismo e de modernidade a busca da santidade e a devoção à Padroeira das Missões, Santa Teresinha une dois jovens, Maria Clara, 16 anos, residente na cidade de Aperibé (RJ) e Cristiano Baptista Tavares, 15 anos, residente na cidade de Visconde do Rio Branco ((MG). Ambos são devotos de Santa Teresinha e levam uma vida simples, mas exemplo para a juventude. Maria Clara descobriu aos 15 anos a vida de santidade de Santa Teresinha.

Ricardo Gomes – Diocese de Campos

Maria Clara e Cristiano Baptista Tavares não se conhecem, mas partilham da mesma devoção a Santa Teresinha. Vivem uma vida simples de dedicação à Igreja, de adoração ao Santíssimo. Estudam e são alegres. Para os jovens que vivem o desafio do isolamento social deixam uma dica simples: viver a espiritualidade e a oração como força para este tempo marcado pelo medo.

A história de Maria Clara Maria Clara é de uma jovem dedicada à igreja. Ao lado da mãe, Aline de Melo Prasser e dos irmãos Filipe e João cantam e encantam. Aos 15 anos em sua festa se consagrou à santa que inspira a vivencia do amor a Deus e a sua igreja.

Aline fala da devoção que contagia toda a família. O filho mais velho Felipe Emanuel está em discernimento vocacional. Pede a Santa Teresinha que o auxilie nessa decisão e, se for realmente seu chamado, que ela o acompanhe durante toda a sua vida ministerial. E além da devoção à Padroeira das Missões confia aos pais da santa São Luís e Santa Zélia que auxilie a ela e ao esposo Werner, na educação dos filhos. Para que, vivendo como Família do céu aqui na terra, um dia possamos nos reunir na grande família do céu.

Maria Clara
Maria Clara

“Como não amar Santa Teresinha? Através dela, descobri que podia ser santa nas pequenas coisas, no meu dia a dia. É a pequena via. Descobrir a pequena via me encheu de esperança: a possibilidade de ser santa. No meu chamado (de mãe, esposa). No meu dia-a-dia. Quando deixo de fazer uma macarronada para fazer um purê de batata (que nem sou muito fã, mas, para agradar ao meu marido), estou fazendo por amor. Estou seguindo os passos de Santa Teresinha. São pequenos martírios. E não são menos importantes que os grandes martírios de grandes santos, que deram sua vida por amor a Cristo. Mas, embora não tão "chamativo", não posso dizer que é fácil. Pelo contrário, é dolorido morrer para si mesmo, aos poucos, nas pequenas coisas. Conhecendo Santa Teresinha eu descobri como ela se tornou santa: porque teve pais santos. Pais santos geram filhos santos. Santa Zélia e São Luiz Martin souberam ser um casal santo e educou seus filhos para a Santidade Ensinaram a suas filhas o caminho para o céu. Educaram suas filhas na fé, na santa igreja católica. Aceitaram todos os filhos que o Senhor enviou para eles. Iam à missa todos os dias, rezavam o terço... O meu maior desejo, a maior herança que posso deixar para meus filhos, é o Céu. Meus filhos não são meus. São de Deus. Apenas estou aqui, na terra, tomando conta deles. Mas, um dia, espero devolve-los a Deus. O meu desejo é ver meus filhos no céu. Esse mundo é apenas uma passagem, um exílio. Nossa verdadeira pátria é o Céu. Olhar para Santa Teresinha e sua família, é perceber que isso é possível... E , assim, apaixonei-me por ela. Ela se tornou minha amiga do céu. Meu esposo e meus filhos também se encantaram por ela. João Vitor, meu filho caçula, pediu de presente quando fez 13 anos uma imagem de Santa Teresinha. Como não se emocionar com um pedido desses? E, quando rezamos o terço em família todos os dias, ele faz questão de dizer na sua dezena: Santa Teresinha rogai por nós.  Ainda guardo em meu coração quando entrei no quarto dele, sem ele perceber, e eu o vi ajoelhado, diante da imagem de Santa Teresinha, rezando. Meu coração de mãe se enterneceu”, confidencia Aline.

E conta com alegria que a filha Maria Clara, aos quinze anos, em sua missa de ação de graças, se consagrou a Santa Teresinha. Achou muito lindo, e tão significativo. A mesma idade que Santa Teresinha entrou para o Carmelo. Vi nessa consagração da filha, o desejo de uma jovem de ser de Deus. E que auxílio melhor do que de uma Santa jovem?

Maria Clara com os irmãos Filipe e João
Maria Clara com os irmãos Filipe e João

“Meu nome é Maria Clara, tenho 16 anos. E aos 15 anos me consagrei a Santa Terezinha. Ela foi uma santa, que mesmo jovem, entregou sua vida a Deus. E foi por isso que resolvi consagrar-me a ela. Pois a santidade é para todos. E nós jovens somos convidados também a sermos santos. Através de Santa Terezinha eu percebi que não preciso de grandes feitos para ser santa. Eu posso ser santa nas pequenas coisas. E com toda a minha força, entendimento, de todo o meu coração vai amar ao meu Senhor como Santa Terezinha”, conta ela.

Fé e oração e dedicação a Igreja

Jovem alegre e na busca da santidade no cotidiano.  Brincando, se divertindo com amigos e redescobrindo o valor da família neste tempo de isolamento social. Desafios encontrados e vencidos pela fé e perseverança. Cristiano Baptista Tavares, 15 anos tem ocupado o tempo com a oração, participação na Santa Missa e nos estudos. Acólito desde os oito anos é agente da Pastoral da Comunicação na comunidade paroquial.

Joven Cristiano Baptista Tavares
Joven Cristiano Baptista Tavares

A Pandemia mudou toda a rotina dos jovens e das famílias. Mas em casa sem o contato com os amigos os jovens continuam vivendo o cotidiano, mas focados na busca da santidade. Cristiano Baptista Tavares, 15 anos divide seu tempo entre o convívio familiar e suas atividades na Paróquia São João Baptista na cidade de Visconde do Rio Branco ((MG). 

“Estou vivendo o isolamento social com bastante tranquilidade, confiando na misericórdia de Deus. Estou aproveitando esse tempo para crescer na espiritualidade. Meus dias têm sido bastante cheios e tenho participado da Santa Missa todos os dias, rezando estudando e trabalhando, graças a Deus”, revela Cristiano.

Devoção a Santa Teresinha e a fé eucarística é a força para vencer todos os desafios de ser jovem e estar em busca da santidade. Diariamente participa da Santa Missa, e aproveita para estudar. Nas dificuldades, a confiança em Deus o leva a continuar lutando neste tempo de incertezas. Cristiano não vê desafios e revela que tem tido mais tempo para vivenciar a espiritualidade.

“Gosto de conversar e especialmente quando alguém me dá atenção. Já passei horas na rua conversando com minha tia. Gosto muito de ir à missa e ficar conversando com meu pároco, um homem santo. Gosto de leituras e em especial livros católicos e atualmente tenho lido o livro Historia de uma alma de Santa Teresinha, sou devoto”, disse.

Cristiano Baptista Tavares
Cristiano Baptista Tavares

Espiritualidade no momento de desafios

Cristiano aponta como caminho a vencer os desafios a busca da espiritualidade para viver a santidade e o isolamento social. E fala de sua experiência pessoal. Busca ocupar o tempo com os estudos e dando espaço a oração. Gosta de tecnologia e o sonho é manter nas mídias sociais vídeos contando as experiências de um jovem que esta vivendo a busca da santidade e quer apresentar seu projeto de vida para inspirar outros jovens a mesma experiência.

“Ter uma vida espiritual ajuda a ser mais alegre e estar de bem com a vida. Digo isso por minha própria experiência. E totalmente possível conciliar a vida espiritual com a alegria. Gosto muito das redes sociais, mas aconselho a ter muito cuidado com o que acessamos. Gosto muito de tudo que envolve tecnologia, computadores. Cheguei a ter um canal no Youtube. Gostaria muito de evangelizar através da internet. Comecei a postar vídeos caseiros”, destaca.

 

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06 outubro 2020, 09:37