No Laos, continuam prisões de cristãos sob "acusações vagas"
Vatican News
Não obstante o empenho do governo comunista em proteger os direitos dos cristãos, eles continuam a enfrentar perseguições constantes, relata a UCA News.
Open Doors USA, agência missionária que ajuda cristãos perseguidos em todo o mundo, em um comunicado publicado no site, relatou um "recente recrudescimento de prisões com acusações vagas".
A agência falou sobre um grupo de pastores presos sem uma acusação específica, apenas por exercerem seu ministério, e da prisão de quatro crentes que frequentavam a mesma igreja há alguns meses, sob a acusação de "quebrar a unidade da comunidade" e "de reunir as pessoas por razão de culto sem permissão".
Um dos detidos cristãos, identificado apenas como Inthy, teria sido mantido em uma cela de isolamento, chamada de "câmera obscura", projetada para os criminosos e assassinos mais perigosos, por 49 dias, com as mãos e os pés acorrentados.
No Laos, o cristianismo é rotineiramente descrito como um credo subversivo que mina os valores tradicionais do país. Em muitas comunidades rurais em todo o país, os cristãos enfrentam várias formas de discriminação, quer por parte da população local como das autoridades.
No início deste ano, por exemplo - relata a Christian Aid Mission, empenhada em prestar ajuda aos cristãos perseguidos - 13 habitantes de povoados cristãos foram privados de assistência governamental durante uma prolongada seca e, por parte de outros moradores, da venda de arroz, sal, sabão e outros itens necessários.
“As autoridades locais tentaram duas vezes obrigá-los a assinar confissões e a abandonar a aldeia - informou a entidade - o que se recusaram a fazer porque não tinham para onde ir”.
No entanto, apesar dessas notícias, o governo central de Vientiane, a capital, nega que haja uma perseguição contra os cristãos no Laos.
Em dezembro passado, o governo aprovou uma lei que garante o direito dos cristãos, pelo menos no papel, de praticar sua fé sem serem perturbados após décadas de perseguição. No entanto, a lei permanece desconhecida e não aplicada em todo o interior do país e os cristãos continuam a enfrentar discriminação por parte de alguns funcionários provinciais.
Vatican News Service - AP
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