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A oração do Padre Maccalli através das ondas da Rádio Vaticano

"Permitiram-me usar um pequeno rádio com o qual pude ouvir a Rádio Vaticano em ondas curtas justamente no dia de Pentecostes: era a Missa celebrada pelo Papa Francisco. Uma grande alegria num momento duro, de profunda tristeza”, revelou o Padre Maccalli, recordando alguns momentos dos seus dois anos de cativeiro no Níger.

Vatican News

O testemunho dos dois anos do cativeiro vivido pelo padre Pierluigi Maccalli no Níger foi um momento de rara intensidade.

E foi feito ontem nos estúdios da Rádio Vaticano/Vatican News – a mesma emissora que fez companhia ao sacerdote da Sociedade das Missões Africanas naqueles dias intermináveis.

Emocionado, o missionário recordou o momento do rapto e seu relacionamento com os sequestradores, que jamais foi caracterizado pela violência: 

“Pelo contrário, sempre me respeitaram. Nunca recebi gestos de punição. Permitiram-me usar um pequeno rádio com o qual pude ouvir a Rádio Vaticano em ondas curtas justamente no dia de Pentecostes: era a Missa celebrada pelo Papa Francisco. Uma grande alegria num momento duro, de profunda tristeza.”

Nobre história

Estas palavras acrescentam um capítulo à nobre história da Rádio Vaticano. São inúmeros os relatos de pessoas que, nos momentos mais sombrios, receberam alívio através da emissora.

Durante a II Guerra Mundial, no ar eram lidas as cartas que os soldados enviam a suas famílias. Nos anos da Guerra Fria, muitos católicos puderam rezar graças ao sinal radiofônico que alcançava os países que viviam o regime comunista.

Hoje, como testemunhou o Padre Maccalli, as ondas curtas ainda são fundamentais nas regiões mais longínquas, como no deserto africano ou na Amazônia.

Toda cruz tem a sua Páscoa

O seu tom de voz do muda quando revela que a dor que acometeu o seu corpo não é física, mas interior: 

“Fiz todos os controles médicos, inclusive um eletrocardiograma, e não encontraram nada. Ao cardiologista, porém, disse: a ferida que está no meu coração é invisível aos olhos. Tudo isto, porém, é transfigurado pela fé. Cada cristão tem sua cruz para carregar, mas toda cruz tem a sua Páscoa: sempre se ressuscita”.

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12 novembro 2020, 12:30