Cardeal Piat alerta que em 2021 está em jogo o futuro de todos
Isabella Piro - Vatican News
Neste 2021 “está em jogo o futuro de todos. Devemos ser capazes de ouvir-nos, de pensar juntos, de procurar o bem comum do país e não os nossos interesses pessoais, sejam eles econômicos ou políticos”. Esse é o desejo expresso pelo cardeal Maurice Piat, bispo de Port-Louis, Ilhas Maurício, para esse novo ano.
Em entrevista ao semanário diocesano "Vie catholique" e reportada no dia 8 de janeiro no site diocesano, o purpurado destaca como o país atravessa "um dos momentos mais difíceis de sua história", também devido à pandemia de Covid-19. “Nossa economia vai mal e as perspectivas não são animadoras - observa ele - Parece-me urgente que mulheres e homens de experiência e sabedoria nesta nação, de todas as origens sociais e de todas as comunidades, se reúnam com as autoridades para refletir seriamente sobre como nosso país pode se recuperar”.
Dois caminhos: colaboração e solidariedade
Neste contexto, portanto, são dois os caminhos indicados pelo purpurado para sair da crise: além da colaboração entre a população e as autoridades, o outro é o da solidariedade, que muitas vezes é "espontânea e generosa", mas "não deve permanecer como um flash”, uma coisa momentânea, mas durar no tempo”.
E para manter vivo o impulso da solidariedade, o cardeal sugere dois métodos: “O primeiro é o de não praticar a solidariedade sozinhos, mas em grupo, para apoiar-se fraternalmente nas dificuldades inevitáveis, avaliando o caminho percorrido e aprendendo disso para recomeçar, de forma cada vez mais adequada”.
O segundo método é o de “se aproximar com mais frequência da Palavra de Deus, que nos convida a contemplar como o próprio Jesus viveu a solidariedade mesmo em meio às piores provações”.
Leitura do Evangelho: fonte de coragem para manter laços forte
Neste sentido, o bispo de Port-Louis convida os cristãos a “retomar ou retomar o hábito de ler o Evangelho juntos, em pequenos grupos de amigos, vizinhos, colegas”. Este gesto, aparentemente “simples, sem importância”, na realidade “é uma verdadeira fonte de coragem para manter laços fortes”, apesar das distâncias devido à emergência sanitária.
E olhando precisamente para a pandemia, o cardeal Piat faz um alerta: o novo ano “certamente não marcará o fim deste calvário”; no entanto, a lição que se pode tirar desta dramática experiência é ter compreendido "a grande vulnerabilidade da nossa economia e a fragilidade das nossas fontes de rendimento" e, consequentemente, "ter aprendido a viver com mais sobriedade e a experimentar em primeira pessoa que se pode ser feliz com uma vida simples".
Início de uma nova forma de viver
Contemporaneamente, o purpurado expressa o seu apreço por toda a criatividade colocada em prática pelas paróquias em tempos de pandemia e pela grande adesão dos fiéis às numerosas iniciativas de solidariedade, como se “o inesperado choque de Covid-19 tivesse despertado o melhor em muitas pessoas".
Os votos do bispo de Port-Louis é que tudo isto “não seja apenas um sucesso isolado, mas o início de uma nova forma de viver”, também fortalecidos por “uma vida de fé que já não se satisfaz com a mera presença na Missa dominical, mas se nutre mais e mais pela escuta da Palavra de Deus” e sua importante ressonância “nestes tempos difíceis”.
Vatican News Service -IP
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