Quênia: o apelo de líderes religiosos para reforçar prevenção à pandemia nas escolas
Andressa Collet - Vatican News
O Conselho Nacional de Igrejas do Quênia exorta o governo do país a reforçar as medidas de segurança nas escolas neste período de pandemia para proteger a saúde dos estudantes que retornaram às aulas presenciais em 4 de janeiro e depois de 10 meses fechadas. Segundo informações da agência católica de notícias do país, a Cisa, o pedido foi feito em declaração de 7 de janeiro, assinada pelo secretário-geral, o reverendo Chris Kinyanjui.
Milhões de estudantes voltaram às aulas pela primeira vez desde 15 de março de 2020, quando tinha sido decretado o fechamento das escolas para combater a Covid-19. Segundo o depoimento de uma mãe de aluno à agência de notícias AFP, é uma felicidade o retorno às aulas mas, “no momento, estamos bastante preocupados porque não sabemos se outras crianças na escola têm o vírus, ou se os professores têm, ou a equipe da escola”. O Quênia registrou quase 97 mil casos e mais de 1.500 mortes atribuídas ao coronavírus desde o início da epidemia. A taxa de casos positivos foi de cerca de 5% na semana passada, comparada com os picos de 20% em outubro.
A declaração do Conselho Nacional de Igrejas
No texto dos líderes religiosos, a solicitação ao governo para “agilizar o pagamento e a entrega dos bancos escolares adquiridos no ano passado", como também de "facilitar a construção de salas de aula". O Conselho Nacional de Igrejas disse, no entanto, estar pronto para oferecer instalações eclesiásticas àquelas escolas que poderiam precisar de mais espaço para os estudantes e para dar apoio espiritual a todas as instituições. Tanto o clero como os profissionais parceiros do Conselho “estão prontos e dispostos a fornecer apoio espiritual e psicossocial a estudantes e professores para poder lidar com as medidas para conter a pandemia".
Escola para todos
Além disso, o Conselho pediu aos administradores escolares que "permitam aos estudantes, cujas vidas foram perturbadas durante a pandemia, especialmente às meninas que engravidaram ou foram atraídas para casamentos precoces, que retomem os estudos". Também foi lembrado aos pais e tutores "que a reabertura das escolas não significa o fim da pandemia", pregando que continuem a cumprir com as medidas de prevenção ao coronavírus para, assim, conseguir evitar “uma terceira onda de contágios por Covid-19".
Finalmente, o Conselho de Igrejas do Quênia expressou preocupação com o agravamento da crise no setor da saúde e exortou o governo a responder às questões dos profissionais do setor.
Vatican News Service - AP
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