Portugal/Covid-19: bispos suspendem celebrações «públicas» da Missa
Domingos Pinto-Lisboa
“Tendo consciência da extrema gravidade da situação pandémica que estamos a viver no nosso País, consideramos que é um imperativo moral para todos os cidadãos, e particularmente para os cristãos, ter o máximo de precauções sanitárias para evitar contágios, contribuindo para ultrapassar esta situação”.
É desta forma que a Conferência Episcopal Portuguesa explica a suspensão da celebração “pública” da Eucaristia a partir de 23 de janeiro de 2021, bem como a suspensão de catequeses e outras atividades pastorais que impliquem contacto, até novas orientações.
Uma tomada de posição que a CEP lamenta, como refere numa nota divulgada a 21 de janeiro, na qual os bispos dizem que no caso das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, as respetivas dioceses darão orientações próprias.
Estas medidas devem ser complementadas com as possíveis ofertas celebrativas, transmitidas em direto por via digital, refere a nota, que em relação às exéquias cristãs sublinha que devem ser celebradas de acordo com as orientações de 8 de maio de 2020 e das autoridades competentes.
“Exprimimos especial consideração, estima e gratidão a quantos, na linha da frente dos hospitais e em todo o sistema de saúde, continuam a lutar com extrema dedicação para salvar as vidas em risco”, lê no texto.
Os bispos pedem a Deus que “abençoe este inestimável testemunho de humanidade e generosidade e que eles possam contar com a solidariedade coerente e responsável de todos os cidadãos, a fim de que, com a colaboração de todos, possamos superar esta gravíssima crise e construir um mundo mais solidário, fraterno e responsável”.
“Pedimos que, a nível individual, nas famílias e nas comunidades, se mantenha uma atitude de constante oração a Deus pelas vítimas mortais da pandemia, pedindo ao Senhor da Vida que os acolha nos seus braços misericordiosos, e manifestamos o nosso apoio fraterno aos seus familiares em luto”, conclui a nota da CEP.
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