Novo lockdown em Portugal: celebração das Missas continua, mas não de outras cerimônias
Vatican News
Também Portugal entra novamente em lockdown, para enfrentar esta nova onda de contágios de Covid-19 e o aumento das hospitalizações. A medida foi anunciada na quinta-feira pelo primeiro-ministro António Costa e entrou em vigor nesta sexta-feira, 15 de janeiro. Em função disso, os bispos portugueses decidiram suspender todas as crismas, primeiras comunhões e casamentos. Um comunicado do Conselho Permanente da Conferência Episcopal (CEP) foi publicado no site do episcopado. “Estamos conscientes da gravíssima situação de pandemia que vivemos neste momento, a exigir de todos nós acrescida responsabilidade e solidariedade no seu combate, contribuindo para superar a crise com todo o empenho”, explica a nota.
Ao decretar o novo confinamento, o Governo de Lisboa autorizou, por outro lado, a celebração de Missas e funerais presenciais, sempre no cumprimento dos protocolos sanitários emitidos em 8 de maio passado, e que preveem a participação de um pequeno número de pessoas. “Outras celebrações, como Batismos, Crismas e Matrimónios, devem ser suspensas ou adiadas para momento mais oportuno, quando a situação sanitária o permitir”, diz a nota do Conselho Permanente, que especifica que a catequese em regime presencial só poderá continuar onde for possível observar as exigências sanitárias. “De contrário, pode ser por via digital ou cancelada. Recomendamos ainda que outras atividades pastorais se realizem de modo digital ou sejam adiadas.”
A mesma recomendação se aplica a outras atividades pastorais. “A nossa celebração da fé abre-nos ao Deus da misericórdia e exprime o compromisso solidário com os esforços de todos os que procuram minimizar os sofrimentos, gerando uma nova esperança que, para além das vacinas, dê sentido e cuide a vida em todas as suas dimensões”, conclui o Conselho Permanente da CEP.
O novo decreto ministerial excluiu o fechamento de escolas. Uma decisão saudada pela Associação das Escolas Católicas Portuguesas (APEC). O presidente da entidade, Fernando Magalhães, esclarece que graças às medidas tomadas contra o contágio, “as escolas são lugares seguros”, ainda que - especificou em entrevista à agência episcopal portuguesa Ecclesia – não podemos esquecer o que acontece antes de chegar escola.
Na entrevista Magalhães explica que os gestores escolares trabalham em estreita colaboração com as autoridades sanitárias para gerir os casos da Covid-19 que ocorrem nas instituições: “Não vivemos fora do mundo: se o contexto da sociedade está com casos, é natural que todas as instituições tenham casos. É também a forma como falamos dos casos com os miúdos, com as famílias, com a comunidade educativa no seu interior, que marca toda a diferença”, observou a presidente da APEC, destacando que a tarefa da escola é “a formação integral da pessoa”, muito para além do que o ensino de letras e números. Neste sentido, “a forma como as escolas foram respondendo é exemplar sob vários pontos de vista”, concluiu.
Portugal registou na quinta-feira 10.698 novas infecções elevando o total para 517.806 casos com 8.384 mortes.
Vatican News Service - LZ
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