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“Há meio milhão de portugueses que estão sem trabalho e há empresas que fecharam e não vão abrir mais”, sublinha Eugenio Fonseca “Há meio milhão de portugueses que estão sem trabalho e há empresas que fecharam e não vão abrir mais”, sublinha Eugenio Fonseca  

Portugal: Pandemia gera “um vulcão que se chama crise socioecónomica”

Alerta de Eugénio Fonseca, presidente da Confederação Portuguesa do Voluntariado, que integrou o grupo de católicos que ofereceu encíclica «Fratelli Tutti» a governantes e deputados portugueses.

Domingos Pinto - Lisboa

“É inadmissível professarmos esta convicção de fraternidade e depois não vivermos como tal”.

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O alerta é lançado em entrevista à Vatican News por Eugénio Fonseca, presidente da Confederação Portuguesa do Voluntariado, que integrou o grupo de católicos que ofereceu no passado dia 7 de janeiro, no parlamento, a encíclica ‘Fratelli tutti’, do Papa Francisco aos deputados e governantes.

“Foi interessante, aplaudiram a iniciativa, e um deles usou da palavra em nome de todos, citando até uma parte da encíclica onde a corresponsabilidade foi posta em foco”, diz Eugénio Fonseca, que realça “a pertinência” do texto e também “a obrigação que decorre” da reflexão de Francisco.

Para o ex-presidente da Cáritas Portuguesa,” a igreja tem efetivamente uma responsabilidade acrescida em contribuir para o aumento da fraternidade entre os seres humanos, e enquanto houver essas disparidades sociais, a fraternidade não existe, é uma ilusão”.

O Presidente da Confederação Portuguesa do Voluntariado, entende que “está a nascer por baixo da pandemia um vulcão que se chama crise socioecónomica com repercussões que vão trazer sofrimento à vida de milhares e milhares de portugueses tão grande como aquela que a pandemia está neste momento a causar”.

Uma crise que “está a destruir postos de trabalho”, sublinha Eugenio Fonseca que lembra que “há meio milhão de portugueses que estão sem trabalho e há empresas que fecharam e não vão abrir mais”. 

“É que a vacina para este tipo de situação chama-se distribuição justa dos bens que a todos pertencem, e nessa distribuição dos bens temos um modelo económico que não favorece, porque concentra nas mãos de poucos a riqueza que todos produzem, e deixa as sobras para a maioria”, conclui Eugénio Fonseca.

Alfredo Teixeira, Alice Vieira, Isabel Capeloa Gil, Joana Rigato, Joaquim Franco, José Ribeiro e Castro, Jorge Wemans, Jorge Líbano Monteiro, Juan Ambrósio, Manuel Pinto, Eugénio Fonseca, Manuela Ramalho Eanes, Margarida Neto, Maria da Conceição Moita, Maria do Rosário Carneiro, Pedro Vaz Patto e Teresa Vasconcelos são alguns elementos que fazem parte deste grupo

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12 janeiro 2021, 11:32