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Presidente dos bispos coreanos: enfrentar novo ano com a virtude da esperança

O presidente dos bispos coreanos e bispo de Suwon, dom Mathias Lee Yong-hoon, faz um balanço do ano que acaba de terminar referindo-se aos momentos dramáticos vividos por causa da difusão da Covid. O prelado convida ao discernimento: "Vamos identificar o que é importante em nossas vidas. Isto é o que o Papa Francisco nos pediu e é também o convite que dirijo à comunidade. Devemos parar e refletir sobre o que aconteceu e assumir um compromisso fundamental: dar amor e ajudar aqueles que sofrem”

Vatican News

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"Com a virtude da esperança. Assim devemos viver o ano que acaba de começar. A pandemia levou tantas pessoas e semeou a pobreza em todos os lugares. Mas somos chamados a nos confortar e encorajar uns aos outros."

Numa longa entrevista publicada no site da Conferência Episcopal Coreana, o presidente dos bispos coreanos e bispo de Suwon, dom Mathias Lee Yong-hoon, faz um balanço do ano que acaba de terminar referindo-se aos momentos dramáticos vividos por causa da difusão da Covid.

Convite ao discernimento

"Rezo para que a pandemia termine logo e peço misericórdia ao Senhor. O vírus é um dos efeitos da destruição do meio ambiente, do uso e do abuso de nossa casa comum. O Senhor perguntou a Adão: Onde estás? Meditemos sobre esse chamado e se essa mesma questão Deus dirige hoje ao homem."

Em seguida, o prelado convida ao discernimento: "Vamos identificar o que é importante em nossas vidas. Isto é o que o Papa Francisco nos pediu e é também o convite que dirijo à comunidade. Devemos parar e refletir sobre o que aconteceu e assumir um compromisso fundamental: dar amor e ajudar aqueles que sofrem”.

Dom Lee Yong-hoon também observa que: "Concretamente, teremos que aplicar a regra básica (que também se aplica a nós, pessoas consagradas) do Evangelho de Mateus (7, 12): 'Tudo aquilo que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles'".

200 anos do nascimento de Santo André Kim Dae-geon

Os bispos coreanos, em sua assembleia anual em outubro passado, anunciaram as celebrações dos 200 anos do nascimento de Santo André Kim Dae-geon (21 de agosto de 1821), primeiro sacerdote coreano, decapitado em Seul em 16 de setembro de 1846, durante a onda de perseguições lançada pela dinastia Joseon. Santo André é um dos 103 mártires coreanos canonizados em 6 de maio de 1984 por São João Paulo II.

"Neste ano jubilar devemos nos tornar luz e sal no mundo, reafirmando nossa identidade como católicos". No que diz respeito ao compromisso da Igreja, seremos chamados ainda mais a defender a vida, salvaguardar o meio ambiente e, obviamente, acelerar o processo de reunificação e reconciliação entre as duas Coreias", ressalta o presidente dos bispos.

Como titular da Suwon, o prelado fala de um aumento significativo do número de fiéis em sua diocese: "As últimas estatísticas falam de 950.000. Em breve superaremos um milhão. A renovação e o envolvimento em atividades pastorais serão os pontos nodais para um maior crescimento de nossa comunidade”.

Seguir o exemplo do Bom Samaritano

Por fim, dom Lee Yong-hoon reflete sobre os conflitos sociais e o exercício da liderança no país: "Contrastes só podem ser superados através de confrontos pacíficos. Respeitando papéis e ideias”.

“Nisso, os líderes devem ser capazes de encontrar pontos de encontro, porque somente a cultura da escuta e do respeito mútuo pode nos garantir um futuro", argumenta o presidente dos bispos coreanos, acrescentando que "mesmo diante das situações mais complexas devemos ser capazes de seguir o exemplo do Bom Samaritano".

“Um verdadeiro líder nunca é autorreferencial, mas sabe ouvir e não deixar-se sufocar por suas próprias ideias. Segue-me é o principal ensinamento de Jesus que se fez homem e deu sua vida pela salvação do mundo. Esta é a imagem a ser imitada. Exercita-se a própria autoridade e se muda o mundo somente se se estiver disposto a servir o próximo", conclui o prelado.

Vatican News - DD/RL

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05 janeiro 2021, 10:59