Igreja no Sri Lanka pede banimento de grupos extremistas
Vatican News
Os bispos e sacerdotes do Sri Lanka, após o fracasso do governo em encontrar os autores dos atentados terroristas no domingo de Páscoa de 2019, em nota divulgada na segunda-feira 29 de março - e assinada, entre outros, pelo cardeal Malcolm Ranjith e pelos bispos auxiliares Maxwell Silva, JD Anthony e Anton Ranjith - exortaram o governo a banir os grupos extremistas muçulmanos que representam uma ameaça à segurança nacional. Ademais, pediram "a apreensão dos vários tipos de armas que teriam sido contrabandeadas para o país e o rápido confisco de recursos financeiros, bens móveis e imóveis que alimentam o terrorismo extremista".
Os prelados, em seu comunicado, condenaram esse "quebra-cabeça surpreendente", essa dificuldade incompreensível de chegar aos autores dos atentados de 21 de abril de 2019 contra três igrejas e três hotéis de luxo, reivindicados por um grupo extremista muçulmano local, o National Thowheed Jamath, no qual pelo menos 279 pessoas perderam a vida e 500 ficaram feridas.
"É necessária uma investigação completa sobre todos os indivíduos e organizações que tiveram relações e contato com Zahran Hashim, suspeito de liderar o esquadrão suicida" e que morreu em um ataque a um dos hotéis de luxo de Colombo, afirmaram os prelados. Sem esquecer que não foram somente católicos a serem atacados e atingidos, mas também cingaleses, tâmeis, muçulmanos, cidadãos comuns, malaios, budistas, hindus, cristãos e estrangeiros e não esquecendo os prejuízos econômicos causados a todo o país por estes atentados.
“É responsabilidade de todos os oficiais e autoridades manter a paz, fazer cumprir a lei e demonstrar - frisaram - que quem planeja, executa, assiste e apoia esses atos terroristas não pode escapar da lei”.
Para concluir, portanto, os líderes católicos pediram “a aplicação da lei contra os líderes políticos e funcionários que deliberadamente negligenciaram sua responsabilidade de prevenir este massacre, apesar de terem recebido informação suficiente”.
Vatican News Service - AP
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