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Fiel reza em Porto Príncipe Fiel reza em Porto Príncipe 

Protesto da Igreja no Haiti pela libertação de padres, religiosos e fiéis sequestrados

Os sequestradores exigiram a soma de um milhão de dólares para a libertação dos cinco sacerdotes, incluindo dois franceses, duas religiosas e dois familiares de um dos sacerdotes. A imprensa local havia anunciado a libertação de um dos reféns, o que foi desmentido pela Secretaria da Sociedade dos Padres de São Jacques.

Vatican News

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 A Conferência Episcopal do Haiti (CEH) e a Conferência dos Religiosos do Haiti anunciaram o fechamento, de 21 a 23 de abril, de escolas e universidades administradas pela Igreja Católica. As instituições de saúde continuarão suas atividades regularmente.

A Igreja, ademais, continua pedindo a libertação dos 5 sacerdotes, 2 religiosos e 2 familiares sequestrados no dia 11 de abril em Croix-des-Bouquets. Apesar dos pedidos de fiéis, bispos, sacerdotes, religiosos, organizações da sociedade civil, quer no Haiti como no exterior, os reféns ainda não foram libertados, lamenta a CEH em um comunicado publicado na terça-feira, 20 de abril, enviado à Agência Fides.

“Os sequestradores não ouvem a voz da razão. Dez dias nas mãos dos sequestradores é muito tempo. Vemos com tristeza a inexistência de uma mudança na situação dos nossos irmãos e irmãs que estão nas mãos dos bandidos”, lê-se a declaração divulgada em Port-au-Prince.

O fechamento das atividades educativas católicas será entre esta quarta-feira, 21, e sexta-feira, 23 de abril. Os sacerdotes, entretanto, continuarão a celebrar Missas, especifica o texto. Na sexta-feira ao meio-dia, tocarão os sinos de todas as igrejas do país para pedir a libertação dos reféns, caso ainda não tenham sido libertados.

Segundo fontes locais, a história parece complexa. A secretaria da Sociedade dos Padres de São Jacques, em nota assinada pelo Superior Geral,  Pe. Paul Dossous, e divulgada no domingo, 18 de abril, negou os rumores de que os sequestrados haviam sido libertados, acrescentando que, “de acordo com as informações de que dispomos, o resgate não seria o único motivo para o sequestro de nossos irmãos e irmãs”.

“É imoral – sustenta - pagar o resgate aos sequestradores. Mas isso não nos impedirá de fazer tudo o que for necessário para obter a libertação que clamamos”, diz este comunicado. O texto conclui afirmando que a Sociedade se compromete  "em fazer todo o possível para não complicar esta situação exasperante e assustadora, com vista a um final feliz".

Desde o final de 2019, o Haiti enfrenta uma onda de sequestros sem precedentes em sua história. Os sequestros ocorrem diariamente e todos os grupos da sociedade são vítimas deles, face à impotência das autoridades.

Com Agência Fides

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21 abril 2021, 10:09