Igreja na Índia defende intervenção do exército para enfrentar emergência Covid-19
Vatican News
Como a Covid-19 continua a fazer milhares de vítimas todos os dias na Índia, os líderes da Igreja Católica pediram ao governo federal para enviar o exército para enfrentar a crise antes que ela piore.
Na terça-feira, Dom Theodore Mascarenhas, ex-secretário-geral da Conferência Episcopal indiana (CBCI), justificou o pedido afirmando à UCA News que neste estado de "calamidade nacional", "milhares de pessoas estão morrendo e centenas de milhares são infectadas todos os dias". Neste sentido, “o governo federal deve considerar o envio de militares para ajudar a administração civil a enfrentar com eficácia essa situação alarmante” causada pela segunda onda de coronavírus.
Embora vários Estados e cidades tenham recorrido a toque de recolher noturno e lockdown, além de várias outras restrições para tentar interromper a cadeia de contágio, a Índia registrava na manhã desta quinta-feira, 18.376.421 novos casos e 204.832 mortes, números que mudam a cada momento, mostrando que os esforços do governo para conter o vírus foram inadequados.
“Sempre que o país enfrenta desastres nacionais como inundações, secas, terremotos, ciclones ou outras crises semelhantes - explicou o prelado -, o exército indiano tem desempenhado um papel crucial na restauração da normalidade”. “Chegou a hora - continuou - de o governo mobilizar o exército e outras forças de defesa com seus enormes recursos e mão de obra treinada para superar esta calamidade que já paralisou a economia e faz com que a população pague um preço altíssimo”.
No mesmo sentido, padre Babu Joseph, ex-porta-voz da Conferência Episcopal Indiana, observou à UCA News que "o pessoal da defesa desempenhou um papel muito importante em casos de desastres e prestou excelentes serviços", e num momento como este, graças à sua disciplina e formação, “o seu serviço seria o mais útil e eficaz”.
Também o padre Varghese Vallikkatt, ex-secretário-geral adjunto do Conselho dos bispos católicos de Kerala, apoiou a sugestão. “Acredito fortemente – disse ele - que neste momento de emergência o serviço dos nossos militares representa uma arma a mais para superar esta situação de crise”. O religioso, observando que o verdadeiro problema não é tanto a falta de oxigênio medicinal, mas sua distribuição no país, especificou que se o exército for usado, poderia transportar oxigênio das fontes disponíveis, suprindo assim a carência. “O mais importante é a nossa vida”, concluiu. "Quanto antes melhor".
Vatican News Service - AP
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