Jordânia: locais de culto fechados devido à Covid não diminui a prática religiosa
Vatican News
O confinamento devido à pandemia de Covid-19 não teve um impacto sobre a prática dos ritos religiosos na Jordânia. Na verdade, foi registrado um aumento, além de várias iniciativas de solidariedade que foram colocadas em prática dando origem a novas formas de voluntariado. É o que emerge de um estudo intitulado "A liberdade de culto na Jordânia durante a pandemia de Covid-19", realizado pelo Instituto Real para Estudos Inter-religiosos (Riifs) e pela Fundação Friedrich Naumann.
Vigário patriarcal latino na apresentação de estudo
Os resultados da pesquisa foram apresentados no último sábado (10) durante um encontro que contou com a participação do vigário episcopal do Patriarcado Latino de Jerusalém para a Jordânia, dom William Shomali. O estudo, relata o site abouna.org, examina o impacto da pandemia da Covid-19 sobre a liberdade religiosa e as mudanças ocorridas devido ao bloqueio das atividades, destacando que o fechamento dos locais de culto foi orientado para preservar a saúde e a segurança da população, e que o governo do país quis assim proteger o bem público e a saúde dos cidadãos, sem contradizer a constituição - apesar de algumas dificuldades.
As campanhas solidárias da Igreja
Os dados coletados confirmam, porém, que a maioria dos cidadãos foi afetada pela decisão de fechamento dos locais de culto, tanto em nível espiritual como psicológico, além de sofrerem com as consequências sociais e econômicas. Várias associações religiosas, por isso, tentaram mitigar os efeitos econômicos da pandemia: os sacerdotes lançaram campanhas de arrecadação de fundos e conscientizaram a opinião pública através de homilias e orações, inclusive para exortar as pessoas a se libertarem do medo e da tensão nos momentos mais difíceis.
O estudo também destaca a necessidade de prestar mais atenção à saúde mental e aumentar a coordenação entre o governo, organismos de tomada de decisão e da sociedade civil, sacerdotes, jornalistas e especialistas em várias disciplinas, a fim de compartilhar informações sobre a epidemia para intensificar os esforços para enfrentá-la. Finalmente, a pesquisa recomenda promover a cooperação com a Organização Mundial da Saúde para aumentar a colaboração com as denominações religiosas ao disseminar conceitos de pluralidade, aceitação do outro e para sensibilizar sobre a importância de viver em comunidade.
Vatican News Service – TC
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