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Para participar da campanha, o bispo de Oslo explica que que não é necessário ser especialista, que é possível ajudar com atenção e caridade" Para participar da campanha, o bispo de Oslo explica que que não é necessário ser especialista, que é possível ajudar com atenção e caridade" 

Na Noruega, iniciativa da Caritas ajuda a combater a solidão durante a pandemia

A campanha nasceu a partir dos dados de um estudo do Instituto Nacional de Saúde Pública, realizado no outono de 2020, sobre qualidade de vida e saúde mental durante a pandemia. Os dados revelaram que muitas pessoas lutam contra a solidão e uma em cada quatro respondeu que não estava feliz com a vida. Solteiros, estudantes e migrantes estão entre as pessoas mais afetadas.

Alina Tuffani - Vatican News

“Ligue para 5 pessoas que necessitam - # ring5" para ajudar a superar a solidão e as necessidades de pessoas isoladas ou solitárias, é a campanha lançada pela Caritas Noruega um ano após o início da pandemia, o medo do contágio e o confinamento forçado, que tem levado muitas pessoas à tristeza e ao desespero, mas acima de tudo, a perder a alegria de viver.

"Vou reservar um tempo para ligar para pelo menos 5 pessoas que acho que podem ter necessidades sociais não atendidas e vou me alegrar em falar com elas", disse o Dom Bernt Eidsvig, bispo da Diocese de Oslo em uma mensagem em vídeo, para lançar a iniciativa da Caritas Noruega como antídoto para a solidão.

A campanha nasceu a partir dos dados de um estudo do Instituto Nacional de Saúde Pública, realizado no outono de 2020, sobre qualidade de vida e saúde mental durante a pandemia. As respostas - refere uma nota publicada no site da Igreja no país nórdico - confirmaram o que se presumia há muito tempo: muitas pessoas lutam contra a solidão e uma em cada quatro responde que não está feliz com a vida. Solteiros, estudantes e migrantes estão entre os mais afetados

“Ligue para 5 pessoas que necessitam, agora durante as festividades da Páscoa”, foi o apelo da secretária geral da Caritas Noruega, Martha Skretteberg, que juntamente com Dom Eidsvig, recorda que não é necessário ser especialista, que é possível ajudar com atenção e caridade. Em particular, a agente da Caritas se refere à solidão dos migrantes, porque embora a pandemia tenha deixado sua marca na vida de todos, os migrantes a sentiram com mais força.

“Muitos dos que atendemos na Caritas não têm uma rede afetiva ou familiar na Noruega, falam mal norueguês e têm maior probabilidade de perder o emprego ou ter problemas financeiros. Isso os torna mais vulneráveis ​​agora. Estamos em contato com muitos que nos dizem que estão lutando mentalmente e se sentem sozinhos. Muitas pessoas também sentem falta de suas famílias que moram em seus países de origem, especialmente aquelas que têm filhos em outro país e não podem viajar para visitá-los”, explica Skretteberg.

Mais de um ano se passou desde que a pandemia Covid-19 surgiu, e as autoridades tiveram que implementar medidas rigorosas de controle de contágios e difíceis de manter. “Todos nós temos medo. Muitos foram infectados, vários ficaram gravemente doentes e aproximadamente 660 pessoas perderam a vida na Noruega” explica o bispo de Oslo, ao constatar que se trata de“ uma prova de resistência”.

Segundo o prelado, nos primeiros meses, o novo desafio gerou expectativas e foi até visto como uma oportunidade para colocar em dia atividades e coisas que ficavam de lado na correria do dia a dia. “Parecia que tudo ia bem até chegar o outono. Agora falamos do próximo outono e isso incomoda a todos”, admite o bispo católico de Oslo.

O prelado norueguês expressou que a maior preocupação é que as pessoas fiquem "letárgicas", melancólicas, ou que evitem seguir as regras necessárias para o controle do contágio, porque as restrições levam à solidão.

“É verdade - diz o bispo no vídeo -, eu mesmo já senti isso”, recordando que muitos ficam em casa sozinhos, simplesmente porque moram sozinhos. Neste sentido o convite do prelado a se conectar telefonicamente com as pessoas que estão sós, porque «bastam dois para ter uma vida social rica», conclui Dom Eidsvig.

Vatican News Service – ATD

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06 abril 2021, 12:19