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Canadá: descobertas novas sepulturas anônimas de crianças indígenas

Enquanto seguem as descobertas de novas sepulturas não identificadas de crianças indígenas em terrenos de escolas administradas pela Igreja Católica, sobre para 8 o número de igrejas incendiadas no Canadá. Ao falar dessas "horríveis descobertas", o primeiro-ministro Justin Trudeau também condenou "a destruição dos lugares de culto": "tem que parar!" Em dezembro, o Papa receberá uma delegação de indígenas canadenses no Vaticano.

Vatican News

Após a descoberta de 182 novas sepulturas anônimas no terreno de uma antiga escola residencial para indígenas administrada pela Igreja, novas igrejas foram incendiadas em territórios indígenas canadenses. A polícia local abriu investigação. No total, já são oito as igrejas queimadas, incluindo as duas últimas em Alberta e Nova Escócia.

A mais recente descoberta foi anunciada pela Lower Kootenay Band, uma tribo da região de mesmo nome, após a descoberta em maio dos restos mortais de 215 crianças em sepulturas anônimas na antiga Kamloops Indian Residential School, na Columbia Britânica, e de outras 751 sepulturas anônimas em outra escola em Marieval em Saskatchewan na última semana.

 

The Lower Kootenay Band conduziu pesquisas em Cranbrook, onde a Igreja Católica dirigia uma escola por conta do governo federal de 1912 até o início dos anos '70. Acredita-se que sejam os restos mortais de membros tribais da Nação Ktunaxa, que inclui Lower Kootenay e outras comunidades vizinhas.

O primeiro-ministro Justin Trudeau, ao comentar a nova descoberta de sepulturas sem nome de nativos muito jovens, falou de "horríveis descobertas" que devem fazer os canadenses refletir sobre as "injustiças históricas e atuais que sofrem os povos indígenas", ao mesmo tempo em que condenou "a destruição dos lugares de culto", definindo tal ato como "inaceitável". "Tem que parar!", disse com veemência.

Até os anos ‘90, cerca de 150.000 jovens nativos Inuit e Metis foram transferidos à força para 139 dessa espécie de internato, onde foram abusados ​​fisicamente e sexualmente por diretores e professores, que também os privaram de sua língua e cultura.

Mais de 4.000 morreram de doenças e abandono, de acordo com uma Comissão de investigação, que concluiu que o Canadá cometeu "genocídio cultural".

A Conferência Episcopal dos Bispos Católicos do Canadá (CCCB) comunicou na terça-feira, 29, que uma delegação de povos indígenas do Canadá encontrará o Papa no Vaticano, de 17 a 20 de dezembro.

*Com informações de agências de notícia

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30 junho 2021, 19:27