Relíquia de São José Anchieta entregue à Igreja dos Portugueses em Roma
Vatican News
Neste 9 de junho, dia de São José de Anchieta, a comunidade portuguesa da Igreja Santo Antônio dos portugueses, em Roma, recebeu uma doação muito significativa do Santuário Nacional de São José de Anchieta em Anchieta/ES: uma relíquia do santo Apóstolo do Brasil.
A entrega da relíquia aconteceu durante a Missa que foi presidida pelo Pe. João Renato Eidt, sj reitor do Colégio São Roberto Bellarmino, que acolhe presbíteros jesuítas de todo o mundo para estudos especiais. A celebração contou ainda com a presença de vários padres jesuítas e diocesanos.
No início da celebração, o reitor da Igreja Santo Antônio dos Portugueses, Monsenhor Agostinho Borges, falou da alegria de receber a relíquia de São José de Anchieta naquela igreja e do grande significado de Anchieta também para Portugal. Citou também a importância do Pe. Manuel da Nóbrega, proveniente de sua região em Portugal, na missão da Evangelização do Brasil nascente.
Durante a homilia, o Pe. Bruno Franguelli, sj. que foi vice-reitor do Santuário Nacional de Anchieta, destacou as grandes virtudes de Anchieta e o segredo de sua santidade:
Anchieta não tinha apenas uma nacionalidade, foi espanhol, português, brasileiro, indígena. Tendo bebido da fonte carismática da Companhia de Jesus, sabia muito bem que sua casa era o mundo. Mas, ao mesmo tempo, era inteiramente brasileiro. Adotou o Brasil como filho. Ali foi gramático, fundador de cidades, poeta, teatrólogo, mas acima de tudo conservou a oração constante, a mansidão, a obediência, a humildade, a pobreza, a sua consagração e a confiança em Deus. Este é o segredo da liderança de José de Anchieta: deixou-se consumir sem medo! Isso disse o próprio Papa Francisco na Missa de Ação de graças pela sua canonização: “Anchieta não teve medo da alegria, esta foi a sua santidade”
Ao citar um trecho do capítulo 52 de Isaias, leitura própria da Memória de São José de Anchieta, que exalta a beleza dos pés do mensageiro que anuncia a paz, o jesuíta comentou:
Nossos pés, de fato, são belos e puros quando aprendemos a sujá-los com a compaixão, a misericórdia e o serviço. Quando não temos medo de nos contaminar de humanidade. Andar à outra margem, como nos pede Jesus no Evangelho, significa arriscar-se e até ferir-se por amor ao ser humano. Hoje, ao celebrar o Apóstolo do Brasil, convido-os a deixar-se queimar pelo mesmo fogo que abrasou o coração de Anchieta. Que sua relíquia nesta Igreja seja sentinela de uma presença de alguém que se deixou atormentar pelo fogo das “saudades de Deus”.
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