Enchentes no Sri Lanka: a Igreja oferece abrigo e dá de comer às famílias afetadas
Andressa Collet - Vatican News
As chuvas de monções têm causado enchentes, deslizamentos de terra e destruição de casas e campos de arroz no Sri Lanka desde a última quinta-feira (3), apesar das autoridades terem confirmado nesta segunda-feira (7) que o nível das águas dos rios está retrocedendo. As cheias afetaram 10 dos 25 distritos da ilha, situada no Oceano Índico. Além das mortes e dos desaparecidos, o Centro de Gestão de Desastres afirma que cerca de 270 mil vítimas do mau tempo foram evacuadas e mais de 800 casas foram danificadas.
Igreja em auxílio às famílias afetadas
Além das equipes da marinha do país que atuam nas áreas afetadas, a Igreja também uniu esforços para enfrentar a dramática situação que pode vir a pior, visto que o Departamento de Meteorologia do país indicou que as chuva aumentem nos próximos dias. Sempre em respeito às regras para evitar o contágio da Covid-19, estão sendo oferecidas refeições para as vítimas através de barcos que percorrem as ruas alagadas.
Entre os sacerdotes que imediatamente se colocaram para ajudar está o Pe. Jayantha Nimal, pároco da Igreja de São Nicolau em Bopitiya. De casa em casa e com o apoio de voluntários, o sacerdote distribui mais de 2 mil pacotes de alimentos por dia. Além dele, o Pe. Anton Ranjith, pároco da Igreja de Nossa Senhora da Assunção em Hanwella, e as freiras e paroquianos da Igreja de São Cajetano em Kotugoda, na Arquidiocese de Colombo, também estão atuando para ajudar as famílias afetadas pelas cheias.
Covid e construções no maior pântano do país
O Pe. Nimal disse à agência de notícias UCA News que todas as casas que ele visitou estavam inundadas pela água. Por essa razão, o sacerdote convidou os mais necessitados, já atingidos pela emergência sanitária da Covid-19 com registros de 3 mil casos diários no país, a se refugiarem na igreja. As chuvas de monções são comuns no Sri Lankia, especialmente entre maio e setembro.
O pároco contou ainda como a Igreja local, ambientalistas, políticos e habitantes dos vilarejos têm exortado o governo a parar com os projetos de construção em Muthurajawela, o maior pântano costeiro do país.
"A Igreja tem se oposto a enormes construções na área úmida natural de Muthurajawela, pensando nas pessoas inocentes e no meio ambiente", explicou o pároco. De fato, foram esses grandes projetos de desenvolvimento, observou ainda, que contribuíram para a redução da absorção de água no solo.
Vatican News Service - AP
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