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Promover a soberania alimentar e a agricultura sustentável no continente africano Promover a soberania alimentar e a agricultura sustentável no continente africano 

Caritas África e Jcam: contra a fome, promover a agricultura eco-sustentável

"O objetivo central da nova colaboração", lê-se no comunicado final publicado no site da Conferência dos Jesuítas Africanos (Jcam), "é gerar conhecimento para influenciar políticas e práticas relacionadas aos sistemas alimentares, tanto internacional quanto local, e ao mesmo tempo promover soluções africanas para a soberania alimentar".

Vatican News

Uma aliança para promover a soberania alimentar e a agricultura sustentável no continente africano, no espírito da Laudato si'. Esta iniciativa foi lançada dias atrás pela Caritas África e pela Rede pela Justiça e Ecologia na África (Jena) da Conferência dos Jesuítas Africanos (Jcam) no final do congresso internacional "Soberania alimentar em tempos de retomada: reconstruir melhor colocando no centro a justiça social e a promoção da agricultura ecológica". O encontro foi realizado no final de junho, em Nairóbi, Quênia, com o olhar voltado para as próximas Cúpulas de Sistemas Alimentares das Nações Unidas de 2021.

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"O objetivo central da nova colaboração", lê-se no comunicado final publicado no site da Jcam, "é gerar conhecimento para influenciar políticas e práticas relacionadas aos sistemas alimentares, tanto internacional quanto local, e ao mesmo tempo promover soluções africanas para a soberania alimentar". A aliança será, portanto, uma plataforma para compartilhar conhecimentos, ideias e soluções viáveis sobre a questão da segurança alimentar e da soberania alimentar no continente. Em termos concretos, trata-se de buscar "abordagens eficazes voltadas para o futuro", capazes de criar "sistemas alimentares resistentes a crises que se concentrem tanto na redução do impacto sobre o clima e dos desastres naturais quanto na justiça social".

Neste sentido, de acordo com os participantes da conferência, a crise causada pela Covid-19 também é uma oportunidade, pois chamou a atenção do público para a urgência de mudar o atual sistema alimentar global guiado pelo mercado. Um sistema que mostrou não ser capaz de garantir a segurança alimentar, como indicado pelo meio bilhão de pessoas no mundo que não têm acesso a uma alimentação saudável, nutritiva e suficiente, apesar de haver alimento suficiente para alimentar todo o planeta.

"A pandemia da Covid-19 tem pressionado ainda mais este sistema que não funciona, contribuindo para uma crise alimentar em que os primeiros a pagar são os mais pobres e vulneráveis ​​da sociedade”, afirmam a Jcam e a Caritas África. É uma crise que tem muitas facetas e causas (secas, inundações, desastres ecológicos, etc) mas no centro estão as "desigualdades estruturais e a necessidade de reinventar e criar novos modelos, que não deixem ninguém para trás". Daí o compromisso dos Jesuítas africanos e da Caritas África em promover a consciência de que "a criação de um sistema alimentar sustentável para todos requer uma abordagem ecológica integral que leve em consideração os fatores econômicos, sociais e ambientais junto com a justiça".

"Mudar os sistemas alimentares não é apenas uma possibilidade, mas uma necessidade", enfatizam, porque com sistemas alimentares mais fortes "as crianças, mulheres e homens terão acesso à quantidade e à qualidade dos alimentos de que necessitam, onde quer que vivam". Portanto, este será o objetivo sobre o qual os especialistas das duas redes católicas trabalharão junto com agricultores, pecuaristas e instituições.

Vatican News Service – LZ/MJ

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06 julho 2021, 12:33