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São João Paulo II reza no Memorial pela Paz em Hiroshima, em 25 de fevereiro de 1981 São João Paulo II reza no Memorial pela Paz em Hiroshima, em 25 de fevereiro de 1981 

“Dez dias pela paz” em memória das vítimas dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki

Criada pela Igreja Católica japonesa em 1982, no ano seguinte à visita de São João Paulo II a Hiroshima, a iniciativa "Dez dias pela paz", também contou em 2013 com a participação do cardeal Peter Appiah Turkson, na época na qualidade de presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz.

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“Proteger toda a vida cria a paz”: este é o tema da edição de 2021 dos “Dez dias pela paz”, iniciativa de oração que a Igreja Católica no Japão celebra todos os anos, de 6 a 15 de agosto, em memória das vítimas dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, ocorridos respectivamente em 6 e 9 de agosto de 1945.

O tema deste ano da iniciativa foi anunciado em uma mensagem do presidente dos bispos japoneses (CBCJ) e bispo de Nagasaki, dom Joseph Mitsuaki Takami, que sublinha no texto a escolha do tema "Proteger toda a vida", escolhido para a Viagem Apostólica do Papa Francisco ao Japão, em novembro de 2019.

Hoje, sublinha o prelado, a paz e "a estabilidade da comunidade internacional" estão sujeitas a muitas ameaças: os conflitos armados, as dificuldades vividas pelos refugiados em todo o mundo e as tensões entre os Estados Unidos e a China que estão provocando "uma nova guerra fria". Por isso, “não podemos deixar de exortar os países a continuarem seus esforços em prol do diálogo paciente, a fim de construir melhores relações”.

Além disso, embora o "Tratado de Proibição de Armas Nucleares" tenha entrado em vigor em 22 de janeiro, o arcebispo Takami ressalta que ainda há países que não o ratificaram e reza e incentiva o maior número possível de Estados a fazê-lo, porque "as armas de destruição em massa ameaçam a paz”.

Em outras áreas do globo, ademais, como "Mianmar ou Afeganistão", as populações veem "seus direitos humanos" ignorados e são "obrigadas a viver sem reconciliação", devido a "poderes e forças desviantes" que, em vez da vida humana, dão prioridade à "riqueza nacional".

Recordando então que até hoje, em todo o mundo, a pandemia de Covid-19 já provocou 193 milhões de contágios, mais de 4 milhões de mortes e milhares de dificuldades para muitas populações, o presidente da CBCJ alerta sobre a falta de vacinas em países pobres, fato que coloca “em maior risco a vida e as condições sociais das populações”.

Por esse motivo, o prelado faz um apelo à solidariedade internacional, destacando que as nações devem “ajudar-se e apoiar-se”, porque devemos “respeitar a dignidade da vida da mesma forma para todos, aprofundando a confiança mútua como irmãos e irmãs”.

“Independentemente do contexto natural ou social - acrescenta o presidente dos bispos japoneses - damos, portanto, a máxima prioridade à proteção de toda a vida e, assim fazendo, criamos a paz”, porque “a vida não é só aquela individual, mas também aquela que se estabelece nas relações "com os outros; portanto, proteger a primeira também significa proteger a segunda. “A paz - conclui dom Takami - é a harmonia entre a vida de todos”.

Fundada pela Igreja Católica japonesa em 1982, ano seguinte à visita de São João Paulo II a Hiroshima, a iniciativa "10 dias pela paz", também contou em 2013 com a participação do cardeal Peter Appiah Turkson, na época na qualidade de presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz.

Vatican News Service - IP

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26 julho 2021, 12:26