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Indígena acolhida no abrigo "Las Abejas Acteal" na comunidade vizinha de Chenalho, Estado de Chiapas, México, um dia depois que um grupo armado emboscou a polícia municipal e membros do Exército mexicano no Pantelho. (Foto de ISAAC GUZMAN / AFP) Indígena acolhida no abrigo "Las Abejas Acteal" na comunidade vizinha de Chenalho, Estado de Chiapas, México, um dia depois que um grupo armado emboscou a polícia municipal e membros do Exército mexicano no Pantelho. (Foto de ISAAC GUZMAN / AFP) 

Voluntário italiano assassinado no México

Entre outros, o voluntário italiano colaborava com a Casa de Saúde da comunidade Yi'belik', onde estava envolvido em vários projetos sociais, na convicção de que é preciso ajudar, viver em fraternidade, sem distinção de línguas, fronteiras e cor da pele.

Vatican News

O voluntário italiano Michele Colosio foi morto na noite de domingo, 11 de julho, nas proximidades de sua casa em San Cristóbal de Las Casas, na violenta região de Chiapas, México. O assassino chegou em uma moto e disparou com uma pistola. Levado ao hospital, ele morreu em consequência dos ferimentos recebidos.

Há mais de 10 anos Colosio vivia entre a Itália e o México, onde administrava uma pequena fazenda e, sobretudo, se dedicava ao desenvolvimento de projetos para a educação das crianças das zonas rurais mais pobres do país.

Entre outros, ele colaborava com a Casa de Saúde da comunidade Yi'belik'- Raiz do Vento, onde estava envolvido em vários projetos sociais, na convicção de que é preciso ajudar, viver em fraternidade, sem distinção de línguas, fronteiras e cor da pele. Investigações estão em andamento para esclarecer as causas e o autor do assassinato.

 

Há poucos dias, também no Estado de Chiapas, havia sido assassinado Simón Pedro Pérez López, indígena tzozil, catequista da Paróquia de Santa Catarina, em Pantelho, Diocese de San Cristóbal de las Casas. Ele era engajado na defesa dos direitos humanos e na busca de justiça pelo massacre ocorrido na aldeia indígena Acteal, em Chiapas, em 22 de dezembro de 1997, quando um grupo paramilitar matou 45 pessoas da etnia tzotzil.

O bispo da Diocese de San Cristóbal de las Casas, Dom Rodrigo Aguilar Martínez, denunciando mais esse ato de derramamento de sangue, sublinhou o sofrimento da população inocente, da qual a diocese se tornou porta-voz junto às autoridades.

“Parecem existir obscuros interesses que provocam a omissão das denúncias ... Continuamos a presenciar, em Chiapas, a reativação das forças que passaram de paramilitares ao crime organizado, aliadas do narco-governo, que invadiram nosso Estado para domar a resistência dos povos organizados que defendem sua autonomia”, disse o prelado.

Em nota de 11 de julho, enviada à Agência Fides, a Comissão Episcopal Fé e Compromisso Social havia expresso sua participação “na dor sofrida por nossos irmãos e irmãs no Estado de Chiapas, devido à violência” e destacado que “a violência arraigada na realidade do nosso país continua a alarmar-nos por sua quotidianidade". É um fenômeno particularmente complexo, que “se tornou um problema de saúde pública, pois causa danos aos seus membros, doenças, diminuição da qualidade dos vida e, em muitos casos, acaba em homicídio".

"Falar de paz não faz sentido se a vida for destruída", ressalta a Comissão. A violência, a fome, a injustiça, a mentira, a escravidão, a guerra e a devastação da natureza “são processos incompatíveis com os pressupostos da paz e da sobrevivência humana”.

Com Agência Fides

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14 julho 2021, 12:31