Protagonismo feminino: mulheres que ajudaram a formar comunidades
Ricardo Gomes – Diocese de Campos
“Minha mãe visitava todos em Aperibé: pessoas doentes, operadas, idosos e mamães com bebês recém nascidos. Tinha uma grande preocupação de fazer com que a Igreja Católica se fizesse presente na casa de todos.” Maria da Graça Bairral Neves
Ruth Meireles Bairral é um exemplo de mulher que soube viver sua fé na família e na sociedade. Sua presença na Cidade de Aperibé (RJ) deixou um importante legado na construção dos pilares da Paróquia São Sebastião. Se desdobrava no cuidado da família e no zelo na igreja, preparando a comunidade de fé para a devoção ao mártir, padroeiro da cidade. Uma mulher que deixou inúmeros exemplo e um legado de fé construído pelo exemplo.
- Minha mãe que sempre foi uma mulher de fé e ainda criança, morando na Zona rural, orientada por seus pais a ser uma pessoa de fé, andava cerca de 3 quilômetros, com seus irmãos, para frequentarem a Catequese na Capela de São Pedro em Baltazar. Ela casou, teve cinco filhos e seguindo os ensinamentos da família de Nazaré criou e ensinou suas filhas a rezarem o terço, rezar ladainha, bater o sino para Ladainha, Missa e Enterro. A faxina e a arrumação da Igreja era por conta dela e das meninas. Minha mãe Ruth Bairral teve a nobre missão de fazer da Paróquia de São Sebastião, em Aperibé, uma casa do povo, acolhendo, servindo e amando, numa total demonstração de fé, caridade e amor ao próximo. Mamãe nunca permitiu que ninguém em Aperibé fosse enterrado sem receber de suas orações. - relata a filha Maria da Graça Bairral Neves.
Uma lição que a filha Maria da Graça Bairral Neves manteve por décadas, preparando jovens e adultos para a Primeira Comunhão. Um legado que a mãe deixou na comunidade. Ser catequista foi a grande missão que Ruth Meireles Bairral deixou como herança.
- Participou de todos os Movimentos e trabalhos pastorais e ouso dizer que foi uma serva especial, uma escolhida de Deus para os seus serviços. Somente se afastou quando adoeceu, mas deixou suas filhas em seu lugar que procuram fazer o que ela fazia, se bem que já faziam tudo, mas confesso que nem chegamos aos seus pés, mas faço o que posso, pois servir a Jesus e a sua Igreja é coisa que sempre fiz com dedicação boa vontade. Também casei, tive dois filhos que criei servindo a Igreja como Coroinhas e hoje adultos tem muita fé, seus santos de estimação. Fui Catequista de Jovens e adultos por mais de 30 anos. – conclui Maria da Graça.
“A transmissão da fé deve se dar na vida familiar, onde os pais vivem a fé como uma grande riqueza e por isso a transmitimos para nossos filhos.” Maria da Graça Bairral Neves.
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