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Profissional de saúde passa em frente à uma clínica que oferece vacinas contra o coronavírus (COVID-19) em Harare, Zimbábue, 8 de julho de 2021. REUTERS / Philimon Bulawayo Profissional de saúde passa em frente à uma clínica que oferece vacinas contra o coronavírus (COVID-19) em Harare, Zimbábue, 8 de julho de 2021. REUTERS / Philimon Bulawayo 

Covid-19: com Ajuda à Igreja que Sofre, agentes pastorais mantém atividades no Zimbábue

“Os sacerdotes e religiosas podem continuar a visitar os enfermos, os moribundos, os necessitados e todas as pessoas solitárias por causa do confinamento que precisam de ajuda espiritual, somente se eles próprios estiverem adequadamente protegidos”, disse Ulrich Kny, responsável pelos projetos da fundação de direito pontifício para o Zimbábue.

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Também no Zimbabué verifica-se um novo surto de contágios de Covid-19 relacionados, neste caso, com a propagação da chamada variante sul-africana. Em meados de junho, houve um registro de 596 novos casos e 26 mortes em uma única semana. Números alarmantes em um país onde mais de um terço da população ainda depende de ajuda alimentar e que levaram as autoridades a reintroduzir o lockdown.

O aumento da curva pandêmica obviamente tem consequências também para a Igreja local, cujos agentes pastorais estão particularmente expostos ao risco de contágio.

Uma ajuda importante neste sentido vem da Ajuda à Igreja que Sofre (ACS, sigla em italiano). De fato, a fundação de direito pontifício destinou novos recursos para a compra de equipamentos de proteção individual - máscaras, viseiras, roupas de proteção descartáveis, luvas, gel desinfetante, perneiras de borracha - para permitir aos mais de 1200 agentes pastorais das oito dioceses do país a continuidade de suas atividades em segurança.

Trata-se de dispositivos indispensáveis ​​para sacerdotes, diáconos, religiosos, leigos, que muitas vezes têm de se deslocar muito e que estão na linha da frente não só para prestar serviços pastorais, mas também de saúde e assistência social.

É o caso da Diocese de Masvingo, que conta com apenas 66 sacerdotes, 83 religiosas, 2 religiosos, todos engajados no trabalho pastoral, na educação, saúde e trabalho social em uma área de mais de 70.000 quilômetros quadrados, o dobro da Bélgica.

Já a Diocese de Chinhoyi, na fronteira com a Zâmbia, possui um território de 56 mil quilômetros quadrados e a maior parte da população vive da agricultura. Ali o problema é representado pela falta de alimentos, devido às escassas colheitas dos últimos anos. Isso afetou não apenas os agricultores locais, tornando-os mais vulneráveis ​​a doenças, mas também seus 143 agentes pastorais que trabalham em escolas, hospitais, centros pastorais e missões, devido às restrições de viagens ligadas à pandemia. Problemas semelhantes são encontrados na Arquidiocese de Bulawayo e nas Dioceses de Gweru e Mutare.

Mas a situação mais crítica é na capital Harare, epicentro da pandemia do país. Ali atuam 136 religiosos e religiosas que acompanham os enfermos e suas famílias, prestando assistência espiritual e psicológica a quem perdeu um ente querido.

Num contexto, em que as necessidades da população são múltiplas, o trabalho destes sacerdotes, religiosos e leigos, é portanto vital. Neste sentido, a ACS, que há anos tem apoiado financeiramente a Igreja do Zimbábue, assegurando meios de subsistência para clérigos e religiosos, tomou medidas para fornecer essa ajuda adicional para que eles possam continuar seu trabalho em segurança.

“Como nos informou recentemente o arcebispo de Bulawayo, nossa ajuda chegou bem a tempo para a terceira onda”, disse Ulrich Kny, responsável pelos projetos da ACS para o Zimbábue. “Os sacerdotes e religiosas podem continuar a visitar os enfermos, os moribundos, os necessitados e todas as pessoas solitárias por causa do confinamento que precisam de ajuda espiritual, somente se eles próprios estiverem adequadamente protegidos”, explica Kny.

Vatican News Service - LZ

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11 julho 2021, 08:19