Mianmar: duas semana de oração uníssona e incessante para salvar país do coronavírus
Vatican News
Em uma carta assinada pelo cardeal Charles Bo, arcebispo de Yangon e presidente da Conferência Episcopal de Mianmar (CBCM), juntamente com o secretário geral, Dom John Saw Yaw Han, os bispos de Mianmar dirigiram na terça-feira, 3, um convite aos fiéis, sem distinção de confissão religiosa, para rezar, sem cessar, pelo menos por duas semanas, para salvar o país da pandemia de Covid-19.
A situação torna-se cada vez mais dramática em Mianmar por causa da difusão da variante Delta e pela instabilidade política do país asiático, após o golpe militar de 1º de fevereiro.
“Unamo-nos a uma só voz, para além das nossas confissões religiosas, fazendo da compaixão a nossa religião comum, nestes dias obscuros”: eis o apelo que os bispos birmaneses dirigem, sobretudo aos fiéis católicos, para pedir a intercessão do Senhor - com incessantes orações, Adorações Eucarísticas e correntes de oração do Terço, em família e em comunidade - para que, “batendo à porta de Deus, que conhece os corações das pessoas, possamos obter o restabelecimento da saúde, a paz e a reconciliação”.
O Sistema de Saúde pública de Mianmar, que antes da pandemia e do golpe militar já era quase inexistente, agora está realmente indo à falência. Desde que médicos e enfermeiras se uniram contra as decisões do regime, muitos hospitais se encontram completamente desprovidos de pessoal médico. Nas próximas duas semanas, metade dos 54 milhões de habitantes de Mianmar corre o risco de ser contagiado pela Covid-19.
Segundo o Ministério da Saúde, controlado pela junta militar, foram registradas 330 vítimas e 3.689 novos casos somente nas últimas 24 horas. Assim, o número total aumentou para mais de 306.000 contagiados e 10.000 mortos. No entanto, médicos e voluntários locais afirmam que o número de vítimas é bem maior.
Diante desta dramática situação, agravada pela sangrenta repressão dos militares, os bispos de Mianmar voltam a lançar seu premente apelo à unidade: “Chega de conflitos e deslocamentos. A única guerra que temos de travar é a contra o vírus. Nossas únicas armas devem ser kits médicos, oxigênio e outras ajudas para nosso amado povo”.
Os bispos concluem seu apelo confiando os destinos do país ao Senhor: “Neste mar agitado e violento de temor, desespero, ansiedade e pandemia, o destino do nosso povo continua nas mãos de Deus. Deixemos que a Sua mão se estenda sobre nós, para abençoar e proteger o povo birmanês”.
Vatican News Service - LZ
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui