A festa da impressão dos Estigmas de São Francisco
Lurdinha Nunes - Jerusalém
FR. FRANCESCO PATTON, OFM - Custódio da Terra Santa
Os estigmas são as feridas de Jesus. São Francisco as recebeu no Monte Alverne. Os biógrafos dizem que ao aproximar-se da festa da Exaltação da Cruz, na noite entre 13 e 14 de setembro. São Francisco as recebeu, mas não apenas os sinais da Paixão, pois, segundo os escritos das primeiras testemunhas, entre elas Frei Elias, que imediatamente após a morte de Francisco escreveu uma carta para também testemunhar este milagre dos Estigmas diz que: foram constatados marcas de pregos nas mãos e nos pés de São Francisco. Um dos biógrafos diz que elas tinham uma cabeça escura e que se via os pregos rebitados e assim como nas mãos e nos pés, São Francisco tinha a ferida também no lado direito que periodicamente sangrava.
FR. FRANCESCO PATTON, OFM - Custódio da Terra Santa
De fato, São Boaventura, que também faz uma reflexão teológica sobre os estigmas, dirá que quando Francisco desce do Monte Alverne, traz consigo a imagem do Cristo Crucificado, mas não esculpida pela mão do homem ou pintada pela mão do homem mas sim, pintada em sua carne pelo dedo do Deus vivo. O dedo do Deus vivo é o Espírito Santo.
Uma real manifestação de Deus que se realiza, seja na sua bela transcendência luminosa, seja na sua proximidade conosco através da Cruz.
FR. FRANCESCO PATTON, OFM - Custódio da Terra Santa
Jamais esqueçamos que, o que aparece a São Francisco no Monte Alverne, é um belo e crucificado Serafim, portanto, uma real manifestação de Deus que se realiza, seja na sua bela transcendência luminosa, seja na sua proximidade conosco através da Cruz. Para dizê-la como São Paulo, “Um servo obediente até a morte e morte de Cruz...” ou se quisermos fazer o caminho inverso, é um crucifixo que no entanto nos mostra que, além do Crucificado, está o Serafim. Além do Crucifixo está a transformação do homem em luz, em fogo, em beleza e, portanto, podemos também ver o que a cruz nos faz experimentar ao nos projetarmos na própria vida de Deus.
Deixemo-nos transformar, para sermos discípulos que procuram se espelhar em Jesus crucificado
FR. FRANCESCO PATTON, OFM - Custódio da Terra Santa
O Monte Alverne, é um dos mais importantes santuários franciscanos, precisamente porque traz a memória dos estigmas. Com tudo isso, deixemo-nos transformar, para nos parecermos com Jesus, para aprendermos a não ser mais indivíduos que buscam a própria imagem no espelho, mas para sermos discípulos que procuram se espelhar em Jesus crucificado, em Jesus que dá a vida por nós e também em Jesus ressuscitado, que nos leva a viver a própria vida de Deus.
Boa festa dos estigmas!
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