Centro Astalli pede entrada legal e integração para quem foge de guerras
Vatican News
A enésima oportunidade perdida em dar prioridade à dignidade e aos direitos e de escolher o caminho da solidariedade em relação àqueles que fogem da guerra e da perseguição: é assim que o Centro Astalli definiu o Conselho extraordinário de Assuntos Internos da União Europeia dedicado à crise no Afeganistão, realizado na última quarta-feira em Bruxelas. O encontro foi concluído com uma declaração conjunta, na qual os Estados-Membros confirmam o apoio aos afegãos vulneráveis e se empenham em prevenir os movimentos migratórios ilegais, protegendo as fronteiras externas da União.
“Em um trágico jogo de espelhos que por anos temos sido forçados a assistir, a Europa continua a definir-se em perigo, sob ataque e em situação de perene emergência, acreditando que deve proteger-se de homens e mulheres desesperados em fuga de guerras e ajuda humanitária”, comenta Pe. Camillo Ripamonti, presidente do Centro Astalli.
Em nota, a sucursal italiana do Jesuit Refugee Service-JRS pede que se coloque um fim nos acordos de transferências, propostos também para gerir a crise afegã, pois o fracasso dos últimos anos, o custo em termos de vidas humanas os tornam inadequados e deploráveis sob todos os pontos de vista; exorta à abertura de vias legais de entrada para os requerentes de proteção internacional provenientes do Afeganistão e das zonas em crise do Mediterrâneo; solicita programas de acolhimento e integração para cotas significativas de refugiados a serem geridas com mecanismos de corresponsabilidade e partilha entre todos os Estados da UE; convida a uma mudança radical da política externa que permita colocar no centro a paz e a segurança, a serem perseguidas com todos os instrumentos da diplomacia e do diálogo.
Vatican News Service - TC
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