Busca

Civis deslocados pelos combates no norte da Etiópia descarregam alimentos e suprimentos de um caminhão, fornecido pela população local, na Escola Addis Fana, onde são temporariamente abrigados, na cidade de Dessie, Etiópia Civis deslocados pelos combates no norte da Etiópia descarregam alimentos e suprimentos de um caminhão, fornecido pela população local, na Escola Addis Fana, onde são temporariamente abrigados, na cidade de Dessie, Etiópia 

Conflito no Tigray: ajuda humanitária afetada, mas não suspensa, esclarecem bispos

No final de agosto havia sido anunciado que escalada dos combates havia obrigado a suspensão da ajuda à população civil. A Igreja etíope, que coordena as ajudas com o apoio da Caritas Internationalis e de outras organizações católicas locais e internacionais, conseguiu arrecadar 1,8 milhões de dólares para a emergência humanitária, dos quais 75% já foram gastos.

Vatican News

Ouça e compartilhe!

Foram "gravemente afetadas, mas não suspensas" as ajudas humanitárias à região do Tigray, na Etiópia, desde novembro de 2020 palco de um violento conflito entre o exército de Addis Abeba e a Frente Popular de Libertação do Tigray (Tplf).

O esclarecimento vem da Conferência Episcopal da Etiópia (CBCE) que, em nota datada de 2 de setembro, atualiza as notícias divulgadas nos dias anteriores. “As operações humanitárias em Tigray – explicam os bispos - foram duramente afetadas por uma guerra incessante que se traduz na contínua interrupção e falta de todo tipo de serviço, do combustível às telecomunicações”. Mas é equivocado, dizem os prelados, interpretar tudo isso como se a ajuda humanitária tivesse sido suspensa permanentemente.

Antes pelo contrário, os bispos destacam que “a Igreja está procurando usar várias alternativas possíveis, como o uso de grupos de logística das Nações Unidas, para enviar alimentos de primeira necessidade à população”. Portanto, “não há nenhuma suspensão das ajudas humanitárias no Tigray”.

A recordar, ademais, que de 6 a 10 de setembro, a Igreja Católica etíope convocou uma Semana de Oração pelo fim da instabilidade na região e para se alcançar a paz. “Pedimos a todos os fiéis - dizem os prelados - que invoquem a paternal providência de Deus” e que organizem coletas especiais, cujo valor arrecadado será destinado aos deslocados internos.

Iniciado em 4 de novembro de 2020, depois que o governo de Addis Abeba acusou a Tplf de realizar um ataque contra uma base militar federal, o conflito no Tigray prosseguiu em fases alternadas. No final de junho, o Executivo etíope declarou um cessar-fogo unilateral, retirando as Forças Armadas da região, também para facilitar o envio de ajuda alimentar e permitir o retorno da população à atividade agrícola, em face da emergência alimentar. No entanto, a TPLF não aceitou a trégua, pelo contrário, avançou com os seus grupos armados para as fronteiras com a região de Amhara, cujas tropas combateram ao lado de Adis Abeba nos últimos meses. Em 18 de julho, portanto, o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, também pediu a intervenção de outras regiões do país contra a Tplf. Por sua vez, a Frente de Libertação reconquistou a capital Mekelle e firmou acordos com outros grupos armados, intensificando a ofensiva.

Vatican News Service - IP

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

05 setembro 2021, 07:22