Lumine lança filme sobre Anchieta no maior evento on-line sobre cinema e religião do país
Vatican News
Com apenas dois anos de trajetória, a Lumine já se estabeleceu como a maior plataforma católica de streaming da América Latina. Para comemorar o aniversário e seguir expandido sua missão evangelizadora através do cinema, a empresa está anunciando uma série de novidades para seus assinantes. O lançamento de um filme sobre São José de Anchieta, avanços na tecnologia e a realização do maior evento on-line sobre cinema e religião do país fazem parte da programação especial, que ocorre em setembro.
Produção original do serviço de vídeo sob demanda, Apóstolo do Brasil, a missão de São José de Anchieta estreou no último fim de semana. O docudrama — formato que une as linguagens do documentário e da ficção — resgata a trajetória de uma das figuras mais emblemáticas da história brasileira. Baseado no premiado livro Anchieta, de Joaquim Thomaz Paiva, o longa-metragem busca apresentar os diversos aspectos da personalidade do padre espanhol: missionário, pioneiro ao introduzir o cristianismo no país, dramaturgo, poeta, gramático, fundador das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, entre outras tantas iniciativas.
Segundo Matheus Bazzo, cofundador e CEO da Lumine, apesar de tudo isso, o santo canonizado pelo Papa Francisco é pouco reconhecido na cultura contemporânea. “Foi a principal figura diplomática entre os conflitos tão sangrentos quanto comuns na formação do nosso país. Uma das características mais impressionantes da sua vida foi sua capacidade de utilizar meios culturais e artísticos para levar a mensagem do Evangelho e manifestar a paz entre as relações humanas”, avalia.
Bazzo acredita que revisitar a vida do jesuíta pode trazer uma mensagem importante para os tempos atuais: “Ele tinha virtudes exemplares que ajudaram a harmonizar a relação entre brasileiros, índios e portugueses. Em um mundo e um país tão preenchidos de conflitos, insatisfações e contendas, o exemplo de Anchieta pode ser uma luz para nos ajudar a construir um caminho de paz e reconciliação”. O trailer do filme — que faz parte do catálogo exclusivo da plataforma de streaming — pode ser conferido aqui.
Efeito Lumine
Apóstolo do Brasil teve sua estreia durante o maior evento on-line sobre cinema e religião do país: o Efeito Lumine. Transmitido pelo YouTube, o encontro reuniu quatro personalidades do universo católico, que conectam esses temas com as questões centrais da vida humana. Sob mediação de Matheus Bazzo, a conversa contou com a participação de Juliano Cazarré (ator), Italo Marsili (escritor e psiquiatra), Miguel Forlin (crítico de cinema) e Lucas Matheus Mendes (padre e mestre em Teologia Sistemática).
A mesa-redonda teve como foco de discussão o impacto da sétima arte na vida das pessoas, em um contexto de muita quantidade e pouca qualidade. “O consumo alienante de conteúdo faz com que você perca as boas emoções da vida e troque-as por emoções fabricadas”, criticou Juliano Cazarré. E o padre Lucas Mendes reforçou que um compromisso faz toda a diferença no cenário da atualidade: “A vocação dos artistas, intelectuais e dos sacerdotes consiste hoje em construir um diálogo com o mundo sem abandonar a verdade”.
Os participantes do Efeito Lumine concordaram sobre o enorme potencial do cinema para a alma dos indivíduos. “Há obras que são porta-vozes da beleza e da imensidão de Deus”, sintetizou o crítico Miguel Forlin. Além disso, na perspectiva de Italo Marsili, há um componente pedagógico: “o cinema apresenta modelos que preparam o ser humano para a vida”.
Na contramão das grandes plataformas de streaming
A preocupação aprofundada no evento online foi o que motivou a criação da Lumine, há dois anos. “A plataforma surgiu a partir de uma necessidade que todos nós temos de encontrar conteúdos edificantes e relevantes para nossas vidas. Nosso grande propósito é inspirar os valores católicos e os dramas humanos através da beleza do cinema”, resume Matheus Bazzo. Ele também fundou e está à frente da Minha Biblioteca Católica, maior clube de assinatura de livros dessa religião no país.
Com mais de 500 horas de conteúdo, o catálogo do serviço de vídeo sob demanda possui desde clássicos do cinema — incluindo obras de Charlie Chaplin e Alfred Hitchcock — até produções originais — como a série Filhos de Cister, que retrata o cotidiano de monges católicos do mosteiro Nossa Senhora de Nazaré. “Nosso compromisso é disponibilizar conteúdo confiável para ver em família e que inspire os valores católicos, além de filmes e séries de valor universal”, explica o CEO.
Buscando qualificar a experiência do usuário, foram realizadas, em setembro, diversas melhorias na tecnologia. Agora, a Lumine conta com uma interface mais interativa, e o assinante receberá sugestões de conteúdo baseadas em suas preferências. Mas nada que promova o binge watching, prática incentivada pelas grandes plataformas de streaming. “Nunca teremos recursos que estimulem o consumo desenfreado de conteúdo. Muitas pesquisas apontam que o ritmo de consumo de conteúdos tem sido prejudicial para as pessoas”, esclarece o cofundador.
Outro cuidado especial é com a classificação indicativa, que é mais rigorosa do que o padrão adotado pelo mercado. Filmes que no Netflix e na Amazon Prime Video são recomendados para pessoas com 16 anos, geralmente, aparecem categorizados para indivíduos com maioridade, por exemplo. Além disso, há uma seção voltada exclusivamente ao público infantil. “Conteúdos audiovisuais podem ser uma ferramenta de aprendizado para as crianças e, por isso, oferecemos opções confiáveis de entretenimento. Temos produções originais e pretendemos ter muitas novidades nessa área”, antecipa Matheus Bazzo.
Para seguir em constante evolução, a equipe da plataforma procura manter uma relação de proximidade com seus assinantes, recebendo com atenção sugestões e críticas. “A Lumine só existe porque o público católico reconhece a necessidade de ter acesso a conteúdos que valorizam a verdade, a bondade e a beleza. Ou seja, só existimos por causa dele. Por isso, somos devotados a trazer o melhor conteúdo para esse público”, conclui.
Critério — Resultado em Opinião Pública
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