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Crianças migrantes na fronteira entre Belarus e a Polônia Crianças migrantes na fronteira entre Belarus e a Polônia 

"Os migrantes que morrem na fronteira são uma vergonha para a Europa"

A resposta à crise migratória na fronteira da bielorrusso-polonesa deve ser humanitária. É o que diz o comunicado da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia sobre o drama das pessoas que estão na fronteira para entrar na Europa. O Cardeal Jean-Claude Hollerich, presidente, pede para a Europa abrir um corredor para acolhê-los

Francesca Sabatinelli – Vatican News

Não podemos permitir que as pessoas morram em nossas fronteiras. É assim que os bispos europeus se dirigem à União Europeia, pedindo que façam todos os esforços "para evitar estas tragédias" e, ao mesmo tempo, "para aliviar o sofrimento das pessoas que deixaram seus países por causa da guerra". A situação na fronteira entre a Belarus e a Polônia continua terrível. Milhares de pessoas acampadas há dias, com temperaturas noturnas abaixo de zero, que até agora já causou oito vítimas. Alguns conseguiram até derrubar as cercas e entrar em território polonês. A União Europeia antecipou que a Belarus estará sujeita a mais sanções a partir da próxima semana, assim como dos EUA. Essas decisões tiveram uma reação imediata do presidente da Belarus, Aljaksandr Lukashenko, que ameaçou cortar o trânsito de gás para a Europa através do gasoduto Yamal-Europa.

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Reafirmar os valores da Europa

Enquanto isso, a Comissão das Conferências Episcopais da União Européia, em uma declaração, expressa seu pesar pelas vítimas, instando a União a demonstrar solidariedade concreta com os migrantes e os requerentes de asilo na fronteira. Os bispos europeus, referindo-se também aos prelados poloneses, pedem uma abordagem humanitária e ecoam a preocupação e a solicitude do Papa Francisco para com o povo sofredor de Belarus. "Aceitar que as pessoas estejam morrendo nas fronteiras da UE", explica o Cardeal Jean-Claude Hollerich, presidente da Comece, "significa que não acreditamos mais nos valores europeus". Instrumentalizar essas pessoas, acrescentou, pedindo à UE que as aceitasse, "é um pecado terrível".

Entrevista com o cardeal Hollerich

Eminência, o que representa para a União Europeia esta crise violenta e dramática?

Penso que seja o fracasso da política europeia, porque a política europeia é a de pagar outros Estados, como a Turquia e a Líbia, para que os refugiados não possam chegar à Europa. Por isso, os Estados na fronteira com a União Europeia podem exercer essa pressão. Penso que há algo de errado com esta política, porque assim a União Europeia se torna muito fraca por causa da pressão dos outros Estados em suas fronteiras.

Os Bispos europeus, em uma declaração, escrevem que a exploração e instrumentalização do desespero dos migrantes e requerentes de asilo levam a consequências humanitárias graves e prejudiciais e deve ser impedida ...

Sim, isto é terrível porque esquecemos que eles são pessoas e não uma ameaça. São pessoas que querem fugir de sua própria situação. Não sabemos se são refugiados, como indica a Convenção de Genebra, ou se são migrantes econômicos que vêm para a Europa porque a situação é melhor lá, mas são pessoas, cada uma com sua própria história. Eles são pessoas amadas por Deus, são criados por Deus que tem o mesmo amor por eles e por nós. Se eles são instrumentalizados, este é um pecado terrível. Toda pessoa tem direito à sua dignidade como ser humano.

O que a Comece está pedindo à União Européia?

Pedimos à União Europeia que aceite essas pessoas, que abra um corredor para que os países possam acolhê-los na União. São pessoas que estão mal, passando frio e correm o risco de morrer, portanto, mesmo que a situação em Belarus não esteja correta, não podemos aceitar que pessoas morram nas fronteiras da União Europeia, isso seria uma verdadeira vergonha para a Europa, não haveria mais pessoas que acreditam nos valores europeus.

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