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Como é evangelizar em uma das cidades mais cosmopolitas do mundo?

“As grandes cidades são multipolares, multiculturais. E temos o dever de dialogar com esta realidade, sem ter medo. Então, trata-se de manter um diálogo pastoral sem relativismos, que não negocia a própria identidade cristã, mas que deseja alcançar o coração do próximo, dos outros que são diferentes de nós, e ali semear o Evangelho.“ (Papa Francisco)

“Desta galáxia de imagens e sons, emergerá o rosto de Cristo e ouvir-se-á a sua voz? Porque somente quando vir o seu rosto e ouvir a sua voz, é que o mundo conhecerá a boa nova da nossa redenção. Esta é a finalidade da evangelização.” (São João Paulo II)

A Comunidade Católica Shalom

 

A Comunidade Católica Shalom foi fundada no Brasil em 1982 quando São João Paulo II visitou a cidade de Fortaleza por ocasião de um Congresso Eucarístico. Nesse contexto, o então arcebispo de Fortaleza Dom Aloísio Lorscheider convidou Moysés Azevedo, um jovem da pastoral juvenil, para dar um presente ao papa durante o ofertório da missa. Moyses sentiu que Deus o chamava a ofertar sua própria juventude pela evangelização de outros jovens, especialmente os mais distantes da igreja. Dois anos depois desse encontro, a Comunidade Shalom foi oficialmente fundada como um centro de evangelização com uma lanchonete para evangelizar, salas para grupos de oração, espaço para a santa missa e capela.

A Comunidade teve o seu reconhecimento pontifício em 2007 e atualmente está presente em mais de 30 países.

Os missionários da Comunidade Shalom são leigos consagrados com promessas em pobreza, obediência e castidade como Comunidade de Vida e Aliança, abertos a ir aonde quer que a igreja os enviar.

Shalom é uma comunidade carismática de louvor, a sua missão principal é levar os jovens a fazer uma experiência profunda de Deus por meio de grupos de oração, acompanhamentos, lectio divina, seminários de vida no Espírito Santo, acampamentos, serviço, entre outros.

Comunidade Shalom em Nova York

As atividades missionárias da Comunidade em Nova York

 

A Comunidade Católica Shalom foi convidada pelo Bispo Nicholas DiMarzio da Diocese do Brooklyn para estabelecer uma missão em Williamsburg, Brooklyn. Williamsburg é conhecido como “zona morta da fé” e é uma das partes do mundo com a maior concentração de jovens.

Essa primeira missão da Comunidade Shalom em Nova York foi fundada em 22 de outubro de 2020, dia de São João Paulo II, santo muito querido por esse carisma de nova evangelização. A fundação dessa missão tem contado com a oferta de vida de cinco jovens missionários do Brasil, da França, do México e dos Estados Unidos, entre eles está um padre que é responsável pela missão e capelão da igreja.

São Francisco como grande influencer da missão em Nova York

 

A missão da Comunidade Shalom no Brooklyn está profundamente enraizada na experiência de São Francisco de Assis. Os missionários foram enviados para uma pequena igreja chamada San Damiano Mission, o mesmo nome da igreja que São Francisco escutou a voz de Deus “Vai e reconstrói a minha igreja!”. São Francisco é um dos baluartes da Comunidade e tem uma grande influência na forma de vida dos consagrados e no modo que evangelizam nessa cidade.

Encontro, diálogo, amor esponsal a Cristo, amor fraterno, radicalidade do evangelho, ministros da paz, e pobreza (baseada em uma experiência profunda de Deus como pai) são fortes características na vida de São Francisco e transbordam para a vida dos consagrados e missão da Comunidade.

Pessoas de diversas religiões como: judeus, muçulmanos, sikh, ortodoxos, evangélicos e pessoas sem religião têm visitado a igreja, os missionários para conversar, tomar um café, participar de uma trilha e até estar presente em momentos de oração e adoração ao Santíssimo Sacramento.

Os missionários esperam, assim, que a casa deles se torne mais e mais um lugar de paz e de encontro com o Belo que atrai a todos por meio da misericórdia e do amor.

Evangelizar com simplicidade e humildade diante da “onipotência” de Nova York

 

Essas palavras podem parecer contraditórias, mas os missionários as veem como palavras de sabedoria para a evangelização. Eles percebem que ao mesmo tempo que as pessoas se interessam pelo que causa admiração, elas também são atraídas pelo simples, por aqueles que se fazem próximos e um com elas.

Em uma cidade onde todos correm, encontrar um missionário que está disponível e que tem tempo para ouvir e conversar de forma pessoal, chama a atenção. Os missionários se percebem como servos frágeis do Senhor, mas ao mesmo tempo, contando com a graça de Deus, se sentem impulsionados para ser canais dessas graças constantemente àqueles que se aproximam.

Nessa cidade é necessário ser criativo. O Espírito Santo é o maior protagonista de toda a ação evangelizadora da Comunidade. Nesta metrópole, tudo é organizado com tanta qualidade, intensidade e criatividade. Dessa forma, só o Espírito de Deus é capaz de gerar a verdadeira coragem e o entusiasmo necessário para que se possa evangelizar da forma que Deus enviar.

A Comunidade Católica Shalom em Williamsburg experimenta diariamente o contato com pessoas que trazem uma profunda sede de Deus. Mesmo sendo real que muitos jovens não queiram ir à igreja, toda vez que eles veem consagrados alegres, eles ficam curiosos e se abrem a possibilidade de participar de um momento de oração, retiro ou algum evento.

Uma realidade muito perceptível nessa cidade é que as pessoas estão sempre cercadas de muitas outras pessoas, mas muitos se sentem só. Existe uma grande necessidade de presença, comunidade, família.

New York uma cidade de todos

 

“As grandes cidades são multipolares, multiculturais. E temos o dever de dialogar com esta realidade, sem ter medo. Então, trata-se de manter um diálogo pastoral sem relativismos, que não negocia a própria identidade cristã, mas que deseja alcançar o coração do próximo, dos outros que são diferentes de nós, e ali semear o Evangelho.“ (Papa Francisco)

A multiculturalidade de Nova York gera estupor. A cidade tem de tudo e todo o mundo está representado nela, existem muitas coisas boas e muitos desafios também. Diante disso, os missionários percebem estas realidades como oportunidades de pesca. Aonde quer que eles vão, eles testemunham a alegria da pesca. Seja quando jogam vôlei com os grupos da cidade, participam de eventos de troca de língua, ou vão para um simples aniversário, testemunho que tudo é ocasião de uma alegre evangelização, em todo momento é possível sentir-se missionário, o povo pede e tem sede!

Instagram: @shalomnewyork

Email: shalomnewyork03@comshalom.org

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26 novembro 2021, 11:42