Dia Dos Finados
Por Dom Carmo João Rhoden, SCJ*
Memento mori: lembra-te de que deves morrer. Era uma saudação dos monges trapistas.
1. Nada mais certo, do que a morte e nada mais incerto, que sua hora. Lembra a sabedoria popular, de que há, dois momentos inesquecíveis na vida: o do nascimento e o da morte. Pelo primeiro, agradeçamos a Deus, a nossos pais e amigos; em relação ao segundo, convém que nos preparemos bem. O tempo passa. Só Deus é eterno: não tem começo, nem fim. Nós todos, geralmente, almejamos viver bastante. Mas, nem a todos é dado consegui-lo. Uns vão antes, outros depois. Estamos todos a caminho. É questão de Tempo: de meses ou então de anos. “Wir sein zum Tode” afirmava Heidegger. Kierkegard, vivia atormentado pela angústia, mesmo sendo um homem bom. Há, ainda, os que vivem revoltados. Não convém, nem uma nem outra coisa: no entanto, com a vida e a morte não se brinca. Assumem-se.
2. Nós cristãos, a morte não a desejamos cedo, nem tão pouco tememo-la. Contudo é preciso preparar-se. O dia dos Finados no-lo, recorda. Por isso, é costume simpático, levar flores aos túmulos dos nossos entes queridos. Contudo, eles não estão lá, e sim na casa do Pai, ou seja, em ótimas mãos. Por isso, não esqueçamos de orar por eles. Já, o antigo Testamento afirmava: “é um pensamento santo e salutar, orar pelos mortos, para que sejam livres, de seus pecados” (2ª Macabeus12,45). Acrescento: é a gratidão que nos deve levar a fazê-lo.
3. Nossos queridos falecidos não precisam de nossas lágrimas nem de nossa tristeza. Mas, querem isso sim, nossa Felicidade, solidariedade e compreensão. Lembremo-nos, portanto, deles, com fé, gratidão e amor. Oremos por eles: pois, também, nós iremos.
*Dom Carmo João Rhoden SCJ é Bispo emérito de Taubaté-SP e presidente da Pró-Saúde
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