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Reflexão para o 33º Domingo do Tempo Comum

Os seguidores de Jesus trabalharão pela instauração do Reino, ainda nesta terra, trabalharão pelo mundo novo.

Padre Cesar Augusto, SJ

A antífona de entrada, tirada de Jeremias 29, 11s.14, nos fala de que Deus quer a paz e não a aflição e quando invocado nos libertará de nosso cativeiro, seja ele qual for. E, neste momento, será muito bom já termos consciência do que nos tira a alegria de viver, do que nos escraviza, para pedirmos ao Senhor, a libertação.

Em seguida a liturgia nos propõem como primeira leitura, Daniel 12, 1-3, onde o relato nos sugere um grande julgamento, inclusive com a inclusão dos mortos. Como no versículo 1 nos fala em um tempo de angústia “como nunca houve até então” e prossegue dizendo que o povo de Deus será salvo, como também “todos os que se acharem inscritos no livro”. Concluindo a perícope, temos o resultado do julgamento: uns para o ‘opróbrio eterno’, enquanto aqueles que, em vida, ensinaram o caminho da virtude ‘brilharam como as estrelas, por toda a eternidade.’

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A segunda leitura, Hebreus 10, 11-14.18, fala sobre a excelência do Sacerdócio de Cristo que ofereceu apenas um único sacrifício pelos pecados e esse sacrifício “levou à perfeição definitiva os que ele santifica”. Portanto, temos em Cristo um excelente advogado, um verdadeiro irmão e amigo que se sacrificou para a nossa salvação, para a nossa felicidade eterna.

O Evangelho, extraído de Marcos 13, 24-32. Dentro do contexto apocalíptico, o versículo 26 fala da vinda do Filho do Homem como a ação de Deus que age na História e é, através dele, que se consolidará o projeto de Deus. Os que negaram o Reino proposto por Deus, já estão descartados da Vida e fora de ação. Ficarão eternamente mortos; os eleitos os santos, são os que verão a glória do Filho do Homem e “brilharão como estrelas”, segundo Daniel 12, 3. Os seguidores de Jesus trabalharão pela instauração do Reino, ainda nesta terra, trabalharão pelo mundo novo.

Neste tempo em que se fala muito de ecologia, de danificação da camada de ozônio, em que se faz reunião sobre a convenção do clima e outros temas afins, denominada COP-26 em Glasgow, na Escócia, refletir sobre esse trecho do Evangelho nos leva a nos questionarmos sobre o que fazemos, não tanto em relação à preservação da Criação, mas, principalmente, em relação à salvação completa do rei da Criação, o Ser Humano!

Igualmente, esta liturgia toca em uma situação delicadíssima que é a desesperança, a depressão, a desilusão, o pessimismo e a sensação de condenação à derrota por nossa própria culpa pessoal. E aí a Carta aos Hebreus nos apresenta Jesus Cristo como o Sacerdote que derrotou o pecado para sempre, versículo 12; esses sinais que denunciam crimes ambientais, não seriam já o prenuncio de um mundo novo, como as folhas novas da figueira que indicam a proximidade do verão? Na morte de Cristo, em seu sacrifício está a vitória da Vida.

Sigamos o Senhor, o único e eterno Sacerdote, Jesus Cristo, nele todos somos abençoados. Domingo passado vimos Jesus, o Santo; hoje, o  Salvador; domingo próximo, o Senhor Absoluto da História.

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13 novembro 2021, 08:00