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Diocese de Araçuaí: realidades e desafios

Dom Esmeraldo Barreto de Farias, bispo da Diocese de Araçuaí, relata ao Vatican News as atividades de sua diocese.

Vatican News

Dom Esmeraldo Barreto de Farias, bispo da Diocese de Araçuaí, relata ao Vatican News momentos importantes de sua diocese recordando a sua Ação Missionária e as realidades e desafios em contexto diocesano.

Foram dois momentos importantes em nossa diocese:

A experiência missionária com seminaristas da diocese e de outras também (de 06 a 21 de janeiro);

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A ação missionária diocesana, tendo como centro de participação a Paróquia de Novo Cruzeiro, de 21 a 29 de  janeiro e em sintonia com todas as comunidades de cada paróquia da diocese.

Em sua história, a diocese de Araçuaí, marcada pela situação de pobreza sempre gritante, vivenciou o dinamismo missionário com uma significativa participação de lideranças leigas de seu povo e de religiosos(as), com seus pastores.

Em meio às situações sociais desafiadoras para a evangelização e às características de alegria que estão presentes nas várias modalidades de vivência da piedade popular e de outras formas de expressão cultural, a diocese está procurando aprofundar e assumir a Missão como eixo das comunidades eclesiais missionárias (DGAE 2019-2023, n. 83) e de toda a ação evangelizadora. Considerando as Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, o Programa Missionário Nacional e outros documentos, a diocese está ciente de que a missão é fundamental para a formação dos cristãos leigos e leigas e dos ministros ordenados, conforme pede a Ratio Fundamentalis, de dezembro de 2016: a formação é única, integral, comunitária e missionária.

O Documento de Aparecida também faz um forte apelo a viver a missão como centro da nossa vida e da ação evangelizadora: “esta firme decisão missionária deve impregnar todas as estruturas eclesiais e todos os planos pastorais de dioceses, paróquias, comunidades religiosas, movimentos e de qualquer instituição da Igreja. Nenhuma comunidade deve se isentar de entrar decididamente, com todas suas forças, nos processos constantes de renovação missionária e de abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé” (DAp 365).

Na avaliação e aprofundamento das atividades evangelizadoras durante o primeiro semestre de 2021, as coordenações pastorais levantaram algumas propostas que foram apresentadas na reunião da coordenação diocesana de pastoral, no encontro com religiosas (os) e com o clero. Após a reflexão e complementações, dentre outros, foi aprovado o seguinte projeto: Ação Missionária Diocesana a ser realizada de 21 a 29 de janeiro de 2022, em Novo Cruzeiro, com a participação de pessoas de cada paróquia. No mesmo período, atividades missionárias serão realizadas em todas as comunidades eclesiais da Diocese, num significativo sinal de comunhão.

Ação Missionária Diocesana tem como objetivos:

Abraçar a Missão como eixo das comunidades eclesiais missionárias e de toda a ação evangelizadora;

Tomar consciência das realidades nas quais vivem as pessoas, famílias e comunidades de nossa diocese com o intuito de construir projetos de ação em concordância com as demandas levantadas e iluminados pela Palavra de Deus;

Cuidar da situação dos migrantes e de suas famílias;

Descobrir pessoas que possam se integrar aos processos formativos em suas várias etapas.

Iluminar as realidades e a vida eclesial com a Palavra de Deus, anunciando-a e vivenciando-a sempre;

Celebrar a ação do Espírito Santo de Deus que traz a Esperança para a vida das pessoas e comunidades;

Vivenciar o seguimento a Jesus Cristo – que foi enviado não para condenar o mundo, mas para salvá-lo (cf. Jo 3,17) – e celebrar seu Mistério Pascal;

Revitalizar e formar pequenas comunidades eclesiais tornando-as cada vez mais missionárias.

Fortalecer o COMIDI, os COMIPAs e fomentar sua criação onde ainda não existe a fim de dinamizar os processos missionários, tendo sempre a missão como eixo fundamental;

Conscientes de que a missão não pode se restringir à realização de determinadas tarefas em lugares específicos, a Diocese oferece este pequeno subsídio e nos convida a abrir-nos ainda mais ao encontro com Jesus Cristo, que nos desperta e nos impulsiona à solidariedade, a ser Igreja em Missão e sinal de Esperança em todas as circunstâncias de nossa vida e nas várias realidades.

“Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Neste “ide” de Jesus, que nos aponta para a origem trinitária da missão, “estão presentes os cenários e os desafios sempre novos da missão evangelizadora da Igreja, e hoje todos somos chamados a esta nova ‘saída’ missionária” (EG, n. 20). O cenário atual é ambíguo, marcado por luzes e sombras. Entre outras características, pela emancipação do sujeito, a pluralidade, o avanço de novas tecnologias que permitem cuidar melhor da vida, entre outros.  Constata-se, por outro lado, a globalização, pelo secularismo, pelo relativismo, pela liquidez, pelo indiferentismo. Neste contexto, a Igreja enfrenta um desafio que está diretamente relacionado com a sua missão: a transmissão integral da fé no interior de uma cultura, em rápidas e profundas transformações, que experimenta forte crise ética com a relativização do sentido de pecado (DGAE 2019-2023, 27).

“Nesta conjuntura, marcada por um forte pluralismo, torna-se necessário encontrar critérios para a interpretação e interação com a realidade presente. Um dos desafios mais relevantes é, sem dúvida, a cultura urbana, pois nosso mundo vai se tornando cada vez mais urbano. Isso acontece não só porque as pessoas tendem a residir nas cidades, mas também porque o estilo de vida e a mentalidade dos ambientes citadinos se expandem sempre mais, alcançando os rincões mais distantes, com todas as consequências – humanas, éticas, sociais, tecnológicas e ambientais, entre outras” (DGAE 28).

Os ambientes urbanos são locais onde se manifesta, ainda que em formas e graus diferentes, a tendência ao imediatismo, à diversificação e à fragmentação (DGAE 29).

Ao contemplar as cidades com inúmeros desafios, o olhar dos discípulos missionários identifica, de imediato, muitas formas de sofrimento, dentre as quais, a pobreza, o desemprego, as condições precárias de trabalho e habitação, a devastação ambiental, a falta de saneamento básico e espaços de convivência, a violência e a solidão. São dores que afligem o mundo como um todo, porém se manifestam de modo mais intenso nas cidades, interpelando-nos, como discípulos missionários, a buscar suas causas mais profundas e, em espírito de missão, trabalhar para a transformação da realidade, tanto no contexto urbano quanto nos demais ambientes por ele influenciados (DGAE 30). Os tempos atuais estão também marcados pela insegurança na vida pública e na família.

Quando a Igreja fala em evangelização da cultura urbana, tem clareza de que “não se trata tanto de pregar o Evangelho a espaços geográficos cada vez mais vastos ou populações maiores em dimensões de massa, mas de chegar a atingir e como que a modificar pela força do Evangelho os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação” (DGAE 31).

O Documento de Aparecida alerta: “vivemos uma mudança de época, e o seu nível mais profundo é o cultural. Dissolve-se a concepção integral do ser humano, sua relação com o mundo e com Deus.” O individualismo enfraquece o vínculo comunitário (DAp 44). E, “no momento atual, pelo qual passam o mundo e o Brasil, a conversão pastoral se apresenta como desafio irrenunciável. Esta conversão implica a formação de pequenas comunidades eclesiais missionárias, nos mais variados ambientes, que sejam casas da Palavra, da Liturgia, da Caridade e abertas à Ação Missionária. Essas comunidades podem oferecer, nesse contexto, meios adequados para o crescimento na fé, para o fortalecimento da comunhão fraterna, para o engajamento de seus integrantes na missão e para a renovação da sociedade” (DGAE 33).

Pequenas comunidades oferecem um ambiente humano de proximidade e confiança que favorece a partilha de experiências, a ajuda mútua e a inserção concreta nas mais variadas situações. O importante é que elas não estejam isoladas (DGAE 34).

As pessoas precisam de lugares onde possam expor a sua nostalgia interior. E, aqui somos chamados a procurar novos caminhos da evangelização. Um destes caminhos poderia ser as pequenas comunidades, onde sobrevivem as amizades, que são aprofundadas na frequente adoração comunitária de Deus. Onde há pessoas que partilham experiências de fé nos âmbitos da família, do trabalho e outros, testemunhando assim uma nova proximidade da Igreja à sociedade. Aparece de modo cada vez mais claro que todos necessitam deste alimento do amor, da amizade concreta de um pelo outro e pelo Senhor” (DGAE 35).

A formação de pequenas comunidades eclesiais missionárias, como prioridade da ação evangelizadora, oferece um referencial concreto para a conversão pastoral. Nessas comunidades, os cristãos leigos e leigas, a partir da participação na vida da Igreja, do senso de fé, dos carismas, dos ministérios e do serviço cristão à sociedade, vivem sua vocação e sua missão, em comunhão e solidariedade. [...] Toda comunidade cristã é essencialmente missionária, “Igreja em saída” (DGAE 36). Tendo a missão como eixo fundamental, as comunidades eclesiais são configuradas como: casa da Palavra, do Pão, da Caridade[1] e da missão; lugar da iniciação à vida cristã,[2] do compromisso com os pobres,[3] da abertura aos jovens; do anúncio do Evangelho da família[4] e do cuidado da Casa Comum.[5] Desse modo, tornam-se comunidades de portas abertas para acolher a todos e para sair ao encontro das pessoas, em suas realidades, atuando como “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14).[6] (DGAE 83).

A conversão pastoral de nossas comunidades exige que se vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária. Na evangelização do mundo urbano atual, é fundamental recorrer às origens do cristianismo, onde o processo de inculturação permitiu que o Evangelho chegasse a tantas culturas diferentes (DGAE 37).

A missão exige a habilidade de percorrer um caminho sinodal, que é “precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio”. A sinodalidade significa o “comprometimento e a participação de todo o Povo de Deus na vida e na missão da Igreja”, uma vez que “todos são corresponsáveis pela vida e pela missão da comunidade e todos são chamados a operar segundo a lei da mútua solidariedade no respeito dos específicos ministérios e carismas, enquanto cada um desses obtém a sua energia do único Senhor (1Cor 15,45)” (DGAE 39).

A motivação para esse caminho missionário fundamenta-se na convicção de que “não é a mesma coisa ter conhecido Jesus ou não o conhecer, não é a mesma coisa caminhar com ele ou caminhar tateando, não é a mesma coisa poder escutá-lo ou ignorar a sua Palavra, não é a mesma coisa poder contemplá-lo, adorá-lo, descansar nele ou não o poder fazer. Não é a mesma coisa procurar construir o mundo com o seu Evangelho em vez de o fazer unicamente com a própria razão. Sabemos bem que a vida com Jesus se torna muito mais plena e, com ele, é mais fácil encontrar o sentido para cada coisa. É por isso que evangelizamos” (DGAE 40).

A nova evangelização se dará a partir da experiência do encontro com Jesus Cristo, centrada em sua prática. O que Jesus desperta em mim? O que ele me propõe? Na vida missionária de Jesus, constatamos que a novidade do Reino é levar esperança e solidariedade a quem vive nas periferias. Essas pessoas saem testemunhando com muita alegria! No entanto, os desafios para a evangelização missionária são muito grandes, como alerta o Papa Francisco: “o grande risco do mundo atual, com sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada. Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem” (EG 2). Voltemos às fontes e busquemos evangelizar com alegria. O animador(a) tem por dever levar essa alegria a toda comunidade!

A riqueza da mensagem do Papa Francisco nos orienta e desafia: “a comunidade missionária experimenta que o Senhor tomou iniciativa, precedeu-a no amor (1 Jo 4,10), e, por isso, ela sabe ir à frente, ao encontro dos migrantes, procurar os afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos. Vive um desejo inexaurível de oferecer misericórdia, fruto de ter experimentado a misericórdia infinita do Pai e a sua força difusiva. Ousemos um pouco mais no tomar a iniciativa!” (EG 24).

Realidades e desafios em contexto diocesano

Ao voltarmos o olhar para nossa região do Vale do Jequitinhonha, percebemos vários sofrimentos que afligem milhares de pessoas e famílias: a falta de trabalho que obriga jovens e adultos a se deslocarem, principalmente, para o sul de Minas Gerais, bem como para os estados do Espírito Santo, São Paulo e outros lugares: são os e as migrantes. Várias dessas pessoas têm sido submetidas a atividades análogas ao trabalho escravo. Outras têm viajado para Estados Unidos e Portugal. Além disso, ressaltamos os conflitos familiares; a penetração das drogas nas áreas urbanas e rurais; a violência, em particular contra a mulher; a fome, que aumentou nesse tempo de pandemia; a falta de políticas públicas que beneficiem jovens e famílias. Sabemos que, além desses sofrimentos, certamente há outros. Precisamos estar atentos.

Essas e outras realidades revelam esses grandes desafios para a evangelização missionária, pois atingem alguns aspectos de nossa vida eclesial e comunitária. Diante disso, precisamos:

Conscientizar os agentes de pastoral e cada pessoa de que a evangelização precisa considerar também os sofrimentos das pessoas e suas causas. O que fazer para despertar em nós mais sensibilidade e consciência solidária? Um caminho para isso é, certamente, dar mais atenção aos processos formativos;

Saber acolher as pessoas em sua dignidade e colaborar para que sejam também participantes da ação missionária e não somente pessoas que recebem uma doação, uma mensagem, uma explicação;

Ter clareza nos passos a serem dados, descobrir pessoas com as quais podemos contar e fazer parcerias diante desses e de outros desafios;

Preparar bem os(as) missionários(as) para levarem em conta essas realidades e desafios, estimulando-os a conectar Fé e Vida, especialmente a partir do exemplo de Jesus Cristo, o bom samaritano, que se fez solidário e se identificou com os que sofrem;

Dar importância à vida eclesial, ou seja, às paróquias e comunidades com as pastorais, movimentos, serviços, equipes e grupos, para saber a situação na qual elas se encontram, quais passos têm dado e como vivenciam e lidam com todos esses desafios;

Descobrir e acolher no coração os sinais da ação de Deus na vida das pessoas e nas realidades em que vivem; afinal de contas, as pessoas com quem nos encontramos são também missionárias de Deus para nós e para outros.

Para nos animar e nos fortalecer na vida missionária, devemos nos lembrar do que encontramos no Evangelho e na vida dos apóstolos; na convocação feita pelo Papa Francisco através da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho) e em outros documentos da Santa Sé; no Documento de Aparecida; nas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e no nosso 10º Plano Diocesano de Pastoral: Ser Igreja em saída nos leva a um reencantamento missionário. Por essa razão, queremos corresponder aos apelos do Espírito Santo, que nos interpela a viver bem nossa resposta de amor e compromisso à Missão, configurando nossa vida à de Jesus Cristo, missionário do Pai. 

Princípios inspiradores

A Ação Missionária Diocesana será tanto mais fecunda quanto mais vivenciarmos os princípios inspiradores, pois a missão é de Deus e somos chamados a ser seus colaboradores(as). Não somos técnicos designados para dar receitas às pessoas ou cumprir certas formalidades, mas discípulos missionários(as) enviados a conviver em comunidade e a perceber o que Deus está escrevendo na vida e na história das pessoas e, através delas, escutar o seu grito de Pai. O discípulo missionário(a) pede e cultiva a graça de se dirigir às periferias, a fim de “escutar Deus até ouvir com Ele o grito do povo; escutar o povo, até respirar nele a vontade a que Deus nos chama” (Papa Francisco, 04 de outubro 2014).

Eis alguns princípios que devemos conservar em nosso coração e nos inspirar sempre:

O Espírito Santo, protagonista da missão, antecede-nos, age em nossas vidas e na vida de outras pessoas. Por isso, somos chamados a acolher o que Ele nos diz.

A essência da Igreja é ser sempre missionária, e sou chamado(a) a mergulhar nessa vivência missionária. Todos somos chamados a ser discípulos missionários.

A vida missionária se vive em todos os ambientes a partir do nosso testemunho: família, trabalho, vizinhança etc.

Nossas atitudes e reflexões devem ser imagem da Igreja em saída missionária.

O trabalho missionário ganha maior qualidade quando é realizado em espírito comunitário.

Toda a diocese de Araçuaí está em sintonia/comunhão com a ação missionária que, neste ano, ocorre na Paróquia de São Bento em Novo Cruzeiro, através das atividades missionárias assumidas por cada comunidade, em espírito de sinodalidade. 

Cuidado especial com os pobres, os enfermos e as famílias dos migrantes e outros sofredores, com quem Jesus se identifica.

Peçamos que o Espírito Santo nos ilumine e que a Ação Missionária seja uma bela oportunidade para toda a diocese de Araçuaí vivenciar o espírito missionário, criando e dinamizando as comunidades eclesiais, sustentadas pela Palavra, pela Liturgia e pela Caridade, na esperança de sermos, de fato, Igreja em saída! Maria, a Virgem da Lapa e Mãe Missionária, interceda por nós e por todos. Amém.

Essa firme decisão missionária, conforme o documento de Aparecida, deve impregnar todas as estruturas eclesiais e todos os planos pastorais de dioceses, paróquias, comunidades religiosas, movimentos e de qualquer instituição da Igreja. Nenhuma comunidade deve se isentar de entrar decididamente, com todas suas forças, nos processos constantes de renovação missionária e de abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé (DAp 365).

Sendo assim, algumas equipes, na avaliação e aprofundamento de suas atividades na diocese durante o primeiro semestre deste ano, fizeram algumas propostas que foram apresentadas na reunião com religiosas (os) e com o clero. Após a reflexão e complementações, dentre os projetos aprovados, apresentamos aqui dois:

Ação Missionária diocesana a ser realizada de 21 a 29 de janeiro de 2022, com a participação de 04 pessoas de cada paróquia. No mesmo período, atividades missionárias serão realizadas em todas as comunidades eclesiais da diocese, num significativo sinal de comunhão. Os padres e diáconos assumiram o compromisso de também participar em alguns momentos da Ação Missionária.

A atividade missionária com seminaristas, a ser realizada de 06 a 21 de janeiro, na Paróquia de São Pedro do Fanado em Minas Novas.

Experiência Missionária com seminaristas: de 06 a 21 de janeiro, na paróquia de Minas Novas formada por 80 comunidades rurais, em sua maioria, e urbanas.

Participantes: 40 seminaristas de Araçuaí, das dioceses de Cachoeiro do Itapemirim (ES), Luz (MG) e Cornélio Procópio (PR); das arquidioceses de Mariana, Pouso Alegre e Montes Claros. Vieram também 01 padre de Cornélio Procópio, 01 de Cacheiro e dom Manoel João Francisco, Bispo diocesano de Cornélio Procópio, além de vários padres da diocese de Araçuaí.

Visitamos todas as comunidades rurais indo de casa em casa, fazendo encontros e celebrações. Nos dias 07 e 08 de janeiro, tivemos uma manhã de espiritualidade, aprofundamento sobre a missão. Contamos também com a presença dos Padres Maurício Jardim, Antônio Niemiec e Genilson das POM.

No encerramento, tivemos a oportunidade de todo um dia para a avaliação e vimos um filme sobre o Papa Francisco a partir de algumas entrevistas.

Ação Missionária Diocesana de 21 a 29 de janeiro na Paróquia de Novo Cruzeiro.

Participantes: 100 leigos(as) que vieram das 29 paróquias da diocese, os seminaristas da diocese, religiosos(as) e padres diocesanos.

Sintonia: Ao mesmo tempo da nossa presença em Novo Cruzeiro, todas as comunidades em cada paróquia da diocese fizeram atividades missionárias, como visitas a famílias, caminhada com jovens e crianças; terço missionário; círculo bíblico com a tônica missionária; adoração ao Santíssimo com o enfoque missionário e o culto dominical ou a celebra da Santa missa com destaque para a missão e outras atividades.

Houve preparação de um dia para todo esse grupo e um dia e meio para a avaliação.

Destaques: Fortalecimento do ardor missionário; a missão é e precisa ser o eixo de nossa vida, da vida das comunidades eclesiais, pastorais, movimentos e serviços e da família também. Precisamos retomar sempre o chamado que o Papa Francisco está nos fazendo para que sejamos de fato uma Igreja em saída ao encontro das periferias. Ir ao encontro, em especial dos pobres, nos faz ainda mais motivados para a acolhida e vivência do Evangelho. Assim, foi a vida de Jesus. Outro destaque se refere ao compromisso que cada paróquia está assumindo de preparar e realizar atividades missionárias no âmbito de sua paróquia, bem como de missionários de uma paróquia visitar as comunidades de outras paróquias. O Espírito Santo protagonista da missão nos ilumine.

Na avaliação com os seminaristas, foi dito que a experiência missionária contribui em muito para que os futuros presbíteros possam ser de fato discípulos missionários de Jesus Cristo.  Em meio às nossas realidades do Vale do Jequitinhonha.

 

[1] CNBB. Comunidade de Comunidades: uma nova paróquia, Doc. 100.

[2] CNBB. Iniciação à vida cristã, Doc. 107.

[3] EG, n. 197-201.

[4] FRANCISCO. Amoris Laetitia.

[5] FRANCISCO. Laudato Si.

[6] CNBB, Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade, Doc. 105.

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04 fevereiro 2022, 14:02