Jerusalém: iniciada a restauração do piso da Basílica do Santo Sepulcro
Lurdinha Nunes/ Cristiane Monteiro - Jerusalém
Nesta segunda-feira, 14 de março, as comunidades guardiãs da Basílica do Santo Sepulcro se reuniram para a cerimônia de lançamento do projeto de conservação do piso da Basílica.
Presentes com frei Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, o Patriarca greco-ortodoxo de Jerusalém Teófilo III e o representante do Patriarcado Armênio Sevan Gharibian, que confiaram à Custódia da Terra Santa a missão de encarregar-se das intervenções . Também presentes, o Delegado Apostólico para Jerusalém, dom Adolfo Tito Yllana e Fr. Dobromir Jasztal, Vigário da Custódia.
O início da cerimônia se deu em frente à Edícula do Santo Sepulcro com a oração e o discurso de cada participante.
Em seguida, os representantes das três comunidades e as instituições envolvidas se dirigiram ao corredor em frente à Sacristia dos Franciscanos - de onde começarão os trabalhos - para a retirada da primeira pedra.
O evento contou com a presença de representantes das instituições que estão realizando o projeto de restauração: a Universidade "La Sapienza" de Roma, o Centro de Conservação e Restauração "La Venaria Reale", o Politécnico de Milão, a empresa Manens de Pádua e a empresa IG Engenharia Geotecnica de Turim.
S.B TEOFILO III - Patriarca Greco-Ortodoxo de Jerusalém
Tenho aguardado este momento e esta é uma grande bênção para nós. Como todos sabem, os trabalhos de restauração da Edícula já foram concluidos e era imperativo concluir estes trabalhos antes, para restituir a beleza e a santidade, a santidade do Santo Sepulcro.
FR. FRANCESCO PATTON, OFM - Custódio da Terra Santa
Hoje eu diria que é um dia abençoado, pois juntos, após esse longo período de estudos e também após os desafios enfrentados durantes a pandemia, conseguimos iniciar a segunda fase dos trabalhos. Portanto, ter começado é motivo de grande alegria e eu diria mais, é motivo de grande alegria poder preparar juntos esta segunda intervenção, com um sentido ecumênico e com um sentimento verdadeiramente fraterno.
SAMUEL AGHOYAN - Superior Armênio do Santo Sepulcro
É um trabalho muito importante, não só para nós, mas também para Deus, porque queremos que este Lugar Santo seja apresentável, limpo, agradável, para glorificar a Deus. Estamos espiritualmente felizes por estarmos participando de algo tão bom. Para Deus e para os nossos fiéis. Estou feliz, toda a comunidade de Jerusalém está feliz por termos finalmente decidido iniciar as obras e esperamos, rezamos para que tudo dê certo com a reforma e que tudo seja feito corretamente, no prazo e de maneira construtiva.
Graças ao mapeamento de todas as pedras do piso será possível retirar e recolocar as lajes no mesmo local, em um período estimado em cerca de 26 meses. Para frei Dobromir Jasztal, é sem dúvida um momento histórico na vida deste lugar e nas relações entre as comunidades presentes na Basílica e na Cidade Santa de Jerusalém.
Fr. DOBROMIR JASZTAL, OFM - Vigário – Custodial da Terra Santa
O projeto que iniciamos hoje com esta singela cerimônia começou há três anos, após a restauração da Edícula. As três comunidades decidiram proceder com esta restauração do piso, justamente porque é um projeto de significado histórico, ecumênico e, eu diria, eclesial. É sem dúvida um momento histórico para este Lugar Santo e também para as relações comunitárias que estão presentes aqui na Basílica e na Cidade Santa de Jerusalém.
Todos os dias, centenas de peregrinos visitam a Igreja do Santo Sepulcro e, mesmo com esta intervenção, os fiéis poderão continuar a visitar a basílica, o lugar mais especial para o mundo cristão.
Fr. FRANCESCO PATTON, OFM - Custódio da Terra Santa
Creio que seja também um sinal, neste momento assim tão difícil que o mundo está vivendo. Daqui deste Lugar Santo, mesmo durante os trabalhos, estaremos sempre elevando as nossas orações incessantemente pelo fim da pandemia e pela paz e pelo fim da guerra, que hoje acontece na Ucrânia, mas também pelo fim de todas as guerras menos notadas e que existem no mundo.
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