JMJ 2023: símbolos peregrinaram na Serra da Estrela
Rui Saraiva – Portugal
Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) chegaram no domingo dia 20 de março ao ponto mais alto de Portugal continental: a Serra da Estrela. Bem lá alto da Torre, os jovens da diocese da Guarda, que neste mês de março acolhem a cruz e o ícone mariano, viveram uma experiência única.
Sandra Soares é a coordenadora do Comité Organizador Diocesano da Guarda para a JMJ Lisboa 2023 e revelou à Agência Ecclesia, na reportagem do jornalista Henrique Matos, a “vontade imensa” de levar os símbolos à Serra da Estrela. Para estar “mais perto do céu”.
“Tínhamos uma vontade imensa de vir ao ponto mais alto de Portugal continental e trazermos os símbolos connosco, porque estamos mais perto do céu” – afirmou.
Para Sandra Soares “são momentos únicos”, e acrescenta que não sabe se haverá outra oportunidade de algum dia os símbolos regressarem “à Serra da Estrela ou a Portugal”.
A coordenadora do Comité Organizador Diocesano da Guarda para a JMJ Lisboa 2023 diz estar surpreendida positivamente com o acolhimento que a peregrinação dos símbolos está a ter na Guarda. “As pessoas aderem e vivem estes momentos de fé ao máximo” – afirmou.
Dialogar com Deus através da música
Sobre o andamento da peregrinação dos símbolos da JMJ na diocese da Guarda, o padre Francisco Barbeira, diretor do jornal semanário católico “A Guarda”, publica mais uma crónica no acompanhamento que está a fazer deste acontecimento na sua diocese.
Nesta ocasião, destaque os concertos de oração que acompanham os símbolos na sua peregrinação na diocese da Guarda.
“Braços no ar para gritar |Braços a abrir para acolher | Braços em cruz para dizer |Aqui, aqui está Jesus” cantaram os jovens de Pinhel e Penamacor nos concertos de oração que marcaram intensamente a peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude, por estes arciprestados da Diocese da Guarda.
A Banda Jota cativou a vasta assembleia que encheu as igrejas, em concertos de oração marcantes e cheios de simbolismo. Esta Banda da Diocese da Guarda, que já organizou Festivais de música religiosa e animou os participantes portugueses na JMJ de Madrid 2011, decidiu voltar e foi acolhida de braços abertos nos concertos de oração, tanto em Pinhel como em Penamacor.
O padre Jorge Castela, responsável e um dos vocalistas da Banda Jota, disse que “quando cantamos o amor de Deus, quando conseguimos rezar, isto é dialogar com Deus através da música, as coisas tornam-se mais fáceis e para os jovens é meio caminho andado”.
A peregrinação dos símbolos foi “uma ocasião bonita” para que os membros da Banda Jota se juntassem de novo. O Padre Jorge Castela recordou que “a Banda Jota apareceu por causa de Jesus e por causa dos jovens” e com um acontecimento tão grande no nosso País, como é a JMJ, não quis ficar de fora. A peregrinação dos símbolos da JMJ pela Diocese da Guarda fez nascer na Banda “uma nova vontade de gritar o que gritávamos com as nossas músicas e com a mensagem que têm as nossas músicas”.
“Se tínhamos muita vontade desde que soubemos que Portugal ia acolher as Jornadas Mundiais da Juventude, a verdade é que sabendo que os símbolos vinham à nossa Diocese tínhamos de nos fazer presente e fazer presente da forma como nós sabemos melhor que é cantando e rezando em simultâneo”, considerou o Padre Jorge Castela.
Desde que chegaram à Diocese da Guarda, no dia 5 de Março, os símbolos passaram, na primeira semana, por Pinhel, Figueira de Castelo Rodrigo, Almeida e Vilar Formoso, Rebolosa, Soito e Sabugal.
Em Vilar Formoso, porta de entrada dos jovens para a grande Jornada de 1 a 6 de Agosto de 2023, em Lisboa, o povo saiu à rua e marcou presença em vários momentos de oração. O pároco da maior fronteira terreste do País disse que a comunidade de Vilar Formoso está expectante e de braços abertos “para acolher quem chega”. O padre Marco Ramos considerou Vilar Formoso como “um ponto fulcral naquilo que é o primeiro acolhimento e o primeiro contacto com a Jornada Mundial da Juventude”.
No Domingo, 13 de Março, os Símbolos seguiram para o arciprestado Fundão/Penamacor, tendo feito a primeira paragem em Penamacor. A cruz e o Ícone foram recebidos junto da Câmara Municipal, onde o Presidente da autarquia, António Luís Soares fez um apelo à paz, à solidariedade e à união dos povos. “O simbolismo desta passagem por Penamacor é da União e da Paz”, referiu.
A peregrinação dos símbolos continuou, no dia 14 de Março, em Pêro Viseu e, no dia seguinte, na cidade do Fundão.
"Nós reunimo-nos à volta dos símbolos como se, de facto, nos reuníssemos à volta do Papa para rezarmos, para estarmos uns com os outros mas no fundo, para estarmos à volta de Jesus que é isso que nos move a todos neste momento”, disse o pároco do Fundão, padre Valter Duarte.
No dia 17 de Março, os símbolos foram recebidos no arciprestado da Covilhã Belmonte, sendo acolhidos na cidade da Covilhã, a que se seguiu Tortosendo, Paul e Belmonte.
Depois de passar pelo alto da Serra da Estrela a peregrinação continua nos arciprestados de Seia/Gouveia (20 a 24 de Março), Celorico/Trancoso (24 a 27 de Março) e Guarda/Manteigas (27 de Março a 2 de Abril).”
A Rádio Vaticano e o Vatican News continuam a acompanhar cada vez com maior intensidade a preparação da Jornada Mundial da Juventude que decorrerá em Lisboa em 2023.
Laudetur Iesus Christus
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