Religiosa de 83 anos sequestrada em Burkina Faso
Campanile Emanuela - Cidade do Vaticano
Na noite de 4 para 5 de abril, um grupo de homens armados invadiu a comunidade das irmãs da paróquia de Yalgo levando consigo uma freira idosa, Irmã Suellen Tennyson, 83 anos, que serve na paróquia da Santa Família de Nazaré e responsável por um centro de saúde na área. É a primeira vez - diz a Agência Fides - que uma freira é sequestrada em Burkina Faso desde o início da crise que provocou 2.000 mortes e 1.800.000 deslocados.
O apelo do bispo
Yalgo está localizada a 110 quilômetros de Kaya, capital da Região Centro-Norte, em um Estado que não sabe o que é a paz desde 2015. Com a notícia do sequestro da religiosa, a Diocese de Kaya uniu-se em oração apoiada pelo incentivo do bispo, Dom Teophile Narè, que também convidou a rezar pelas religiosas da Comunidade da Congregação das Irmãs Marianitas da Santa Cruz, ainda em estado de choque e transferidas para um local seguro.
Ataques armados
A Diocese de Kaya - diz a Fides - no passado já havia sido alvo de numerosos ataques atribuídos a grupos terroristas armados, como o de 12 de maio de 2019, no qual padre Simeon Niampa e outros cinco fiéis se reuniram para a Celebração Eucarística na paróquia de Dablo. Em março de 2019, no eixo Botogui-Djibo (nordeste do país), ocorreu o sequestro do padre Joël Yougbaré, pároco de Djibo, de quem não se teve mais notícias.
Os sequestros
O norte de Burkina Faso está há algum tempo à mercê da violência de grupos jihadistas que se identificam com o ramo norte-africano da Al-Qaeda (Aqmi) e os sequestros - especialmente de ocidentais - são para fins de extorsão.
Entre os religiosos sequestrados, também o padre Luigi Maccalli, missionário da Sociedade das Missões Africanas (SMA) sequestrado no Níger entre 17 e 18 de setembro de 2018 e posteriormente levado pelos milicianos para Burkina Faso. O padre missionário da província de Crema foi libertado em 8 de outubro de 2020 no Mali, após uma longa mediação também gerida pelo governo italiano.
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