Frei Francesco Patton confirmado Custódio da Terra Santa
Lurdinha Nunes - Jerusalém
Em Jerusalém, o anúncio foi feito no refeitório do Convento de São Salvador por Fr. Julio César Bunader, presidente do Capítulo da Custódia da Terra Santa.
Fr. FRANCESCO PATTON, ofm - Custódio da Terra Santa
"Estes três anos são de fato um pedido para levar à conclusão um serviço realizado nos últimos seis anos, que ainda tem algumas coisas para completar, mas eu interpreto meu serviço antes de tudo como um serviço aos frades. Eu sou um frei e minha primeira tarefa como Custódio é salvaguardar a vida e a vocação dos frades da Custódia".
O Custódio da Terra Santa, Guardião do Monte Sião e do Santo Sepulcro, é o Ministro Provincial, ou seja, o Superior dos Frades Menores que vivem em todo o Oriente Médio. Além de estar à frente da Custódia - considerada a pérola da Ordem dos Frades Menores - é também membro da Assembleia dos Líderes Católicos da Terra Santa, que reúne todos os bispos e vigários episcopais católicos de rito latino e oriental.
A presença dos franciscanos na Terra Santa é atestada desde o século XIII. Desde então, foi confiada a eles, a tarefa de guardar a maioria dos lugares da Encarnação de Jesus.Os Franciscanos da Custódia são responsáveis por acolher os peregrinos nos Santuários, mas também por cuidar da pequena comunidade cristã local. A Custódia é também a interlocutora das demais Igrejas cristãs, no que diz respeito aos lugares regulados pelo Status Quo.
O território da Custódia compreende vários países: Israel, Palestina, Líbano, Síria, Jordânia, Chipre, Rodes e Egito - com o convento de Muski, no Cairo.
Fr. Francesco Patton nasceu em Vigo Meano, diocese de Trento, em 23 de dezembro de 1963 e pertence à Província de Santo Antônio dos Frades Menores, na Itália. Em 6 de junho de 2016, com sua entrada oficial em Jerusalém, tornou-se o 168º Custódio da Terra Santa. Como manda uma tradição secular, a entrada se deu pelo Portão de Jaffa, local por onde historicamente peregrinos e visitantes entravam na Cidade Santa.
Após a oração na igreja de São Salvador, a saudação afetuosa com o Custódio cedente, Fr. Pierbattista Pizzaballa, hoje Patriarca Latino de Jerusalém.
Depois de seis anos, neste dia particular, Fr. Patton, fala dos desafios dos próximos anos.
Fr. FRANCESCO PATTON, ofm - Custódio da Terra Santa
"Há muitas coisas que iniciamos no decorrer destes seis anos, assim como no decorrer destes seis anos conseguimos concluir coisas importantes que foram iniciadas anteriormente pelo meu antecessor. Creio que o mais significativo foi, logo no início, ter podido fazer mais uma vez junto com a Igreja Grega e Armênia o restauro da Edícula do Santo Sepulcro algo iniciado antes".
A paz continua a ser o grande desafio para toda a Terra Santa e para o Oriente Médio.
Fr. FRANCESCO PATTON, ofm - Custódio da Terra Santa
"Eu cheguei quando a guerra na Síria já durava de quatro a cinco anos. Agora, após seis anos, portanto onze anos de guerra, a guerra na Síria ainda continua. Portanto, certamente um dos maiores desafios é o desafio da paz, o desafio do diálogo, um diálogo que é cada vez mais necessário".
Um diálogo que não pode deixar de olhar para os cristãos e a Igreja da Terra Santa em primeiro plano.
Fr. FRANCESCO PATTON, ofm - Custódio da Terra Santa
"Estamos aqui porque a Igreja nos deu o mandato de guardar os Lugares Santos e os Lugares Santos. São para nós lugares de vida e lugares de oração. Estamos aqui também, posso dizer, em nome de toda a humanidade, porque somos uma fraternidade internacional, portanto estamos aqui para rezar por toda a humanidade".
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