RD Congo. Vocação e missão sacerdotal, dom e mistério a ser protegidos
Vatican News
A vocação sacerdotal é dom e mistério: foi o que o arcebispo de Kinshasa, na República Democrática do Congo, cardeal Fridolin Ambongo Besungu, enfatizou dirigindo-se aos mais de seiscentos sacerdotes reunidos ao seu redor para a celebração da Missa Crismal na Catedral de Notre-Dame du Congo.
A celebração da Quinta-feira Santa foi uma oportunidade para refletir sobre a identidade do padre e para chamar os sacerdotes congoleses a tomar consciência da relação entre unção e envio, convidando-os assim a estarem sempre disponíveis para a missão, por mais exigente que ela seja.
"Na escola de Jesus. Por uma autêntica vida sacerdotal"
O arcebispo de Kinshasa não deixou de mencionar a controvérsia desencadeada pela exortação dos bispos da Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) "Na escola de Jesus. Por uma autêntica vida sacerdotal", publicada em março passado.
O purpurado falou de "confusão resultante de uma má interpretação do texto" e de uma leitura seletiva do mesmo, que causou um foco distorcido sobre as relações sentimentais irregulares de sacerdotes e sobre as pessoas envolvidas nelas.
A difícil vida dos padres no Congo
O cardeal Fridolin colocou a exortação dos bispos de volta em seu contexto próprio, afirmando que não se tratava de uma novidade nem de uma invenção congolesa, mas de um chamado às exigências da doutrina e da disciplina da Igreja sobre o celibato sacerdotal.
Em seguida, exortou todos os sacerdotes a "vigiar e rezar para não cair em tentação". A vida dos padres no Congo é difícil, especialmente em alguns contextos: registram-se casos de violência e sequestros contra presbíteros.
Igreja local prepara-se para receber o Papa Francisco
Particularmente grave é a situação no Kivu do Norte (perto de Uganda), cuja capital é Goma. Ali há grupos "rebeldes" que aterrorizam a população, e os sacerdotes e missionários cristãos são muitas vezes as vítimas.
A Igreja local está se preparando para receber o Papa Francisco, que estará na República Democrática do Congo em sua viagem africana de 2 a 5 de julho. O Papa descobrirá um país assolado por conflitos armados, onde a Igreja desempenha um papel político importante e onde os católicos representam 40% dos 90 milhões de habitantes.
(com Fides)
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