Davos: os projetos de sucesso do "Sister Project"
Mario Galgano em Davos - Vatican News
"Nós, religiosas, vivemos e trabalhamos perto das pessoas, especialmente daquelas que estão à margem da nossa sociedade", disse Irmã Patricia Murray durante o debate público de segunda-feira (23), no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Na presença de numerosos convidados, a religiosa falou sobre os problemas globais atuais com representantes de grandes empresas como Google e Unilever. De acordo com Murray, as Irmãs são confrontadas com os "maiores desafios" da sociedade de forma concreta, em áreas como da saúde, educação, apoio a migrantes e assistência a vítimas de tráfico humano. "Aspiramos", disse ela, "a mudanças estruturais em nível local, nacional e internacional, com e pelas pessoas mais esquecidas e ignoradas".
Pequenos gestos e grandes resultados
Os líderes corajosos têm objetivo e visão claros "que nós, como religiosas, temos da nossa fé e da nossa vida consagrada ao bem dos outros", confirmou uma freira indiana, a Irmã Mary John, que apresentou ao público de Davos exemplos concretos de projetos bem sucedidos que foram iniciados por religiosas e fazem parte do "Sister Project".
São muitas vezes pequenos gestos, mas que têm trazido grandes resultados. Agora, explicou ela, no centro das atividades está a situação das mulheres na Ucrânia. "A nossa visão do Evangelho significa que queremos criar as condições para que cada pessoa possa viver uma vida plena e digna", acrescentou a terceira participante do projeto, falando na mesa redonda de Davos, a Irmã Ruth Pilar del Mora, que também enfatizou que as irmãs não excluem ninguém: "não vamos embora quando a violência e os conflitos eclodem".
Testemunhas de "proximidade
A Irmã Patricia Murray citou alguns exemplos concretos. "Todos nós vimos a imagem da Irmã Ann Rose Nu Tawng ajoelhada diante de militares em Myanmar. Lembro também das freiras no Sri Lanka, que protegeram as pessoas que protestavam contra os cortes de eletricidade, gasolina e medicamentos; ou quando encontrei a freira colombiana Gloria Cecilia Navarez, depois que foi libertada, após 5 anos de prisão no Chade". São "exemplos extraordinários" de líderes corajosas, mas muitas vezes essa liderança corajosa é vivida em segredo e em silêncio. Uma liderança corajosa, concluiu a Irmã Patricia Murray, "exige humildade, abertura ao novo, aceitação do risco de fracassar e ter que começar de novo".
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