"O Papa levará a verdadeira paz ao Sudão do Sul"
Federico Piana -Vatican News
A visita do Papa Francisco ao Sudão do Sul de 5 a 7 de julho será uma visita histórica e sem precedentes. "Nunca antes nenhum Pontífice cruzou nossas fronteiras, é a primeira vez", explica Dom Edward Hiiboro Kussala, bispo da diocese de Tombura-Yambio, que não esconde sua emoção por uma viagem que já está sendo organizada nos mínimos detalhes, com cuidado e amor. "A preparação da nossa Igreja local é, acima de tudo, espiritual. Todos os dias, em todas as paróquias do país, reza-se uma oração especial pelo Santo Padre, desejada pela nossa Conferência Episcopal".
Entrevista
Já iniciaram os preparativos para receber o Papa?
Certamente. Em Juba, na capital, onde o Papa fará sua visita, estamos construindo um grande altar e estamos preparando todo o trajeto por onde ele passará. Além disso, todas as dioceses estão se organizando para permitir que os fiéis cheguem a Juba sem muitos problemas.
Nesta viagem, o Papa será acompanhado pelo Primaz da Igreja Anglicana e pelo Moderador da Igreja da Escócia: será uma peregrinação ecumênica para dizer não à violência no país. Como o senhor considera este gesto de comunhão?
Para nós, o aspecto ecumênico é muito importante porque serve para unir todos os cristãos deste país. Aqui no Sudão do Sul, mais de 90% da população é cristã, de modo que este gesto pode gerar unidade e favorecer o diálogo. Substancialmente, pode nos permitir compreender que devemos trabalhar juntos para reconstruir a paz.
Atualmente como está a situação social e política no Sudão do Sul?
Em grande parte do país há uma paz relativa. A violência é esporádica e ocorre onde os rebeldes ainda estão presentes. Tenho certeza, porém, de que esta tranquilidade é gerada também pela notícia da viagem do Santo Padre.
Na sua opinião, a visita do Papa pode dar origem a um processo de verdadeira paz?
Sim. A visita do Papa vai surpreender a todos, mesmo aqueles que estão acostumados à violência. A mensagem do Papa Francisco será uma mensagem de paz e estou certo de que as pessoas abrirão seus corações. Será um exemplo não apenas para o Sudão do Sul, mas para toda a África e para o mundo.
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