Papa é um homem livre, e não prisioneiro da cadeiras de rodas
Andressa Collet - Vatican News
Com dores no joelho e pelo qual precisa reduzir os esforços físicos, o Papa tem se apresentado publicamente com uma cadeira de rodas. Aos 85 anos, Francisco sofre de artrose, um desgaste que afetou um ligamento do joelho, como ele mesmo explicou ao jornal italiano "Corriere della Sera", em edição de 3 maio: "tenho um ligamento rompido no joelho e farei infiltrações", disse o Pontífice ao se justificar por não poder se levantar naquela oportunidade. "Estou assim há muito tempo, não posso caminhar", acrescentou ainda à equipe de jornalistas na Casa Santa Marta.
Já em 5 de maio, na Sala Paulo VI, o Papa se apresentou pela primeira vez em uma cadeira de rodas ao receber as cerca de 900 religiosas participantes da plenária da União Internacional das Superioras Gerais. No dia seguinte, dia 6 de maio, a cena se repetiu durante a audiência com os membros da plenária do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos em que se fazia presente, inclusive, o arcebispo de Brasília, dom Paulo Cezar Costa:
"O interessante é isso: estranha vê-lo numa cadeira de rodas, mas, ao mesmo tempo, alegra ver que ele não está prisioneiro naquela cadeira de rodas. Ele não perdeu a alegria. Ele não perdeu a espontaneidade. A cadeira é simplesmente um meio de locomoção. Ele não perdeu a vivacidade do exercício do ministério de Pedro: ele continua o mesmo, numa cadeira de rodas. Você percebe um homem livre, um homem que precisa agora de uma cadeira neste tempo para se locomover, mas um homem que continua com a sua liberdade, que continua com a sua vivacidade, com seu discurso firme, um homem livre que tirou a foto conosco, que falou da cadeira de rodas: tiraram a cadeira que estava lá preparada para ele (para a foto), tirou a foto conosco da cadeira de rodas... Um homem livre, um homem de Deus. Um homem de Deus é livre. Essa a impressão que tive e saí feliz do encontro. Vou rezar para que, se Deus quiser, se encontre um meio para que ele possa levantar da cadeira de rodas."
O Papa está muito bem, confirma dom Paulo
Dom Paulo Cezar Costa, em entrevista a Silvonei José do Vatican News, acrescentou que o Papa está muito bem e que é sempre uma grande emoção encontrá-lo, mesmo para quem já o encontrou várias vezes, como é o caso do arcebispo:
"É sempre uma emoção renovada encontrá-lo, estar com ele, perceber a memória dele: ele tem memória das coisas, ele tem memória das pessoas, ele tem memória dos fatos. Ele te saúda, ele não te vê como mais: ele me perguntou como está Brasília, fala de coisas que são problemas de Brasília no rápido contato ali. Então, o Papa Francisco é uma pessoa extraordinária e de uma humanidade sem igual e com uma cabeça excepcional."
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