Bispos do Peru e povos da Amazônia rejubilam-se pela beatificação de Aguchita
Vatican News
Realiza-se, na manhã deste sábado, às 10 horas da manhã, (hora local), o solene rito de Beatificação no Centro Povoado de La Florida, distrito de Perené, Peru, no mesmo lugar onde Aguchita foi assassinada e onde serviu a Deus nos mais excluídos da sociedade. A celebração Eucarística é presidida pelo Cardeal Baltazar Porras, Arcebispo Metropolitano de Mérida, Administrador Apostólico da Arquidiocese de Caracas (Venezuela) e Delegado do Papa Francisco e concelebrada por Dom Miguel Cabrejos Vidarte, Presidente da Conferência Episcopal Peruana e Presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), 20 Bispos e 100 sacerdotes do Peru. Recordamos que a última peruana a ser beatificada foi a Irmã Ana dos Ángeles Monteagudo (1602–1686), em 2 de fevereiro de 1985, em Arequipa, pelo Papa São João Paulo II.
Júbilo na Amazônia peruana
Por sua vez, o Vicariato Apostólico de San Ramón, na floresta central do Peru, a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) e outras instituições eclesiais também expressam sua alegria e júbilo pela Beatificação de Maria Agustina Rivas López, que entregou sua vida a Deus e aos mais pobres, em um período de guerra e violência social no Peru.
Aguchita, padroeira da Amazônia
Segundo fontes de notícias da REPAM, o Cardeal Baltazar Porras, Representante do Papa neste rito de Beatificação, disse: “Aguchita representa muito mais do que podemos imaginar, porque teve uma existência simples e profundamente cristã, arraigada em uma experiência mística. Que ela seja para nós, não só a Padroeira deste Vicariato de San Ramón, mas de toda a Amazônia e de todo o continente latino-americano. Que ela nos abençoe e seja uma luz de fé, sobretudo neste momento em que o mundo tanto precisa”. Durante a celebração, será lido o decreto do Bispo de San Ramón, Dom Gerardo Zerdín OFM, com o qual Aguchita é proclamada, juntamente com Santa Rosa de Lima, padroeiras do Santuário de La Florida.
Martírio de Aguchita
Na igreja de La Florida, cuja padroeira é Santa Rosa de Lima, o peregrino pode venerar os restos mortais da nova Beata e acompanhar o martírio de Aguchita, ilustrado com frases, imagens e outros símbolos, desde a sua infância até sua vida religiosa e os últimos três anos de trabalho na Amazônia peruana. No trajeto do martírio de Aguchita são recordadas as pessoas, assassinadas com ela, e outras vítimas da região, que viveram no contexto dos anos de violência social. O visitante poderá visitar ainda os lugares onde a Beata Aguchita viveu, junto à Congregação do Bom Pastor.
“Mártir da misericórdia”
Irmã Agustina Rivas, mais conhecida como Aguchita, que pertencia à Congregação do Bom Pastor, foi assassinada pelo grupo Sendero Luminoso, em 27 de setembro de 1990, enquanto cumpria sua missão pastoral entre o povo Ashaninka, na floresta central do Peru, na cidade de La Florida. Aguchita dedicou-se à saúde, educação e assistência social, de modo particular às mulheres, através de projetos de formação produtiva, grupos juvenis e catequese familiar nas comunidades rurais do município de Valle del Yurinaqui, no distrito de Junin. Em 22 de maio de 2021, o Papa Francisco aprovou a Beatificação de Aguchita por ter dedicado a sua vida ao serviço de Deus e aos mais pobres, em um período de guerra e violência social no Peru.
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