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Irmã Maria Inês com duas Irmãs camilianas brasileiras e as três da Comunidade Intercongregacional Irmã Maria Inês com duas Irmãs camilianas brasileiras e as três da Comunidade Intercongregacional 

Presidente da CRB visita comunidade intercongregacional no Haiti

Irmã Maria Inês: "O trabalho prossegue de maneira forte, junto aos mais pobres, entre os pobres. Quanto é forte “estar presente” junto ao povo que se sente valorizado, amado!"

Vatican News

Irmã Maria Inês escreve sobre sua presença no Haiti, no dia 30 de abril.

Cheguei bem no Haiti.
Viagem longa mas tranquila, boa. De casa (Brasília, 15h00) até a casa da Comunidade Intercongregacional, via Miami, foram 25 horas.

Refeita, fiz um giro pelo bairro, escutando, conversando com as pessoas.
Minha maior alegria e encontrar a Irmãs bem e NO MEIO DO POVO!

Ter conseguido construir “nossa” casa, aqui no Corail, é grande bênção. Uma emoção para mim! Pequenina, simples, mas super ajeitada. Nada falta. Há energia por placa solar e tanque subterrâneo onde cabem dois caminhões-pipa de água. Com motor leva-se água à caixa. Isso é bênção.

O trabalho prossegue de maneira forte, junto aos mais pobres, entre os pobres.

Quanto é forte “estar presente” junto ao povo que se sente valorizado, amado!

Tudo tem sua hora. Louvado seja Deus!

“Dia da pressão” com os adultos
“Dia da pressão” com os adultos
Atividades com os adolescentes
Atividades com os adolescentes

Situação no Haiti em maio de 2022

A Agência AFP relata grande violência na capital do Haiti.
A violência dos grupos criminosos que assolam a capital haitiana, Porto Príncipe, deflagrou uma guerra aberta nos últimos dias, com pelo menos 18 civis mortos, em meio a relatos de incêndios de casas, assassinatos e casos de estupro.

“Homens armados da gangue ‘400 Mawozo’ incendiaram minha casa e mataram vários dos meus vizinhos antes de queimar a casa deles”, contou à AFP Lucien, morador de um dos violentos bairros da zona norte.

“Estupram as mulheres e as crianças quando conseguem entrar em uma casa”, acrescentou o homem, que preferiu não dar seu nome completo por medo de represálias.

Em uma cidade, onde alguns bairros já são dominados por redes criminosas, a violência dos últimos dias obrigou Lucien a abandonar sua casa para se refugiar com sua mãe doente em uma praça, na terça-feira (26).

A Polícia informou que, desde domingo (24), pelo menos 18 civis foram assassinados na zona norte da capital, incluindo “uma família de oito”, assim como “três mulheres jovens e três crianças”.

Assim como Lucien, várias centenas de pessoas fugiram da região dos confrontos, incluindo cerca de 50 que se abrigaram em uma praça “a centenas de metros da linha de frente”, relataram as autoridades.

Outras continuam acuadas em suas casas. Entre elas, está um morador, que também pediu para não ser identificado e que teve seu irmão pequeno atingido por uma “bala perdida, na perna, no domingo, dentro de casa”.

“Conseguimos conter o sangramento, mas não podemos nos arriscar a levá-lo para o hospital e também não temos remédios para aliviar sua dor”, lamentou este jovem, de 20 anos.

Encurralados sem água e sem comida

Sob rajadas de tiros que ecoam em seu bairro há quatro dias, os moradores se encontram em uma situação desesperadora.

“Não temos mais água, nem comida”, desabafou uma jovem.

Seu pai, que sofre de diabetes e de hipertensão, “encontra-se em estado crítico, mas não temos como ir comprar remédios, e é muito perigoso viajar com ele”.

Confinadas durante muito tempo nas regiões costeiras mais pobres de Porto Príncipe, as gangues armadas têm estendido seu domínio, consideravelmente, por toda capital e até pelo país desde o final de 2020, disparando os números de assassinatos e sequestros.

Em outubro passado, a poderosa e temida gangue “400 Mawozo” sequestrou um grupo de 17 missionários americanos e seus familiares, entre eles cinco crianças.

O bairro onde a violência se concentrou é altamente estratégico, pois é o único acesso por estrada para o norte do país, assim como entre a capital do Haiti e a República Dominicana.

Desde junho de 2021, as autoridades também vêm perdendo o controle da única via que conecta Porto Príncipe com o sul. Em um trecho de dois quilômetros, a rodovia está totalmente sob o controle de criminosos armados das favelas de Martissant.

Nessa área carente, os grupos obrigaram a Médicos Sem Fronteiras (MSF) a fechar um hospital dirigido por esta ONG há 15 anos.

Sem dispor de armas suficientes para enfrentar os grupos criminosos, muito mais bem equipados, a Polícia Nacional não fez nada, até agora, para tentar recuperar o controle da entrada sul da capital.

E, desde o domingo, as forças policiais não tentaram intervir nos subúrbios do norte, atingidos pela violência. As autoridades haitianas ainda não se pronunciaram sobre esta última explosão de violência, que está paralisando o norte de Porto Príncipe.

FONTE: CRB - AFP 

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05 maio 2022, 09:21