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Encontro Mundial das Famílias - Vaticano Encontro Mundial das Famílias - Vaticano 

Amor familiar, vocação e caminho de santidade

Inspirado na Encíclica Amoris Laetitia, o Encontro Mundial vai reforçar o vínculo do amor familiar, como fonte e chamado a viver e a testemunhar a conjugalidade e construção de um lar profundamente e autenticamente cristão, sendo um dos maiores desafios para a plenitude e a felicidade humana.

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos (RJ)

Realiza-se, em Roma, o X Encontro Mundial das Famílias, nos dias 22 a 26 de junho, com 5 Conferências, 60 Reflexões e, o fundamental, a partilha e a convivência de famílias de todas as culturas e Nações. Inspirado na Encíclica Amoris Laetitia, o Encontro vai reforçar o vínculo do amor familiar, como fonte e chamado a viver e a testemunhar a conjugalidade e construção de um lar profundamente e autenticamente cristão, sendo um dos maiores desafios para a plenitude e a felicidade humana.

Diante de uma civilização do efêmero e do líquido dos relacionamentos, investir na resiliência, e na permanência dos laços familiares, faz parte da superação da pandemia e da maior crise sanitária da humanidade. Aprendemos, nesta situação ameaçadora e triste, que o melhor lugar para estar e viver é a família. Que, sem este equipamento social, de origem e natureza divina, estamos de veras profundamente desprotegidos e solitários.

O pertencimento familiar nos garante o espaço em que somos avaliados pelo que somos, e não pelo que produzimos, temos, ou a beleza que oferecemos. A família é o melhor ecossistema da Terra, pois reproduz, como imagem, a Santíssima Trindade, um Deus, que no seu ser e essência, é uma família de pessoas. É a escola da mais fina humanidade, o recurso mais valioso da sociedade e do Estado, a unidade básica da Igreja, ou a Igreja doméstica, o único investimento que dá benefícios sobrenaturais, o melhor seminário, e o berço e a genealogia da pessoa humana.

Aprender a amar e servir, ser uma pessoa do bem, ter vergonha na cara, e respeitar as demais pessoas e a todas as criaturas, com a mais fina bondade e ternura, são algumas das lições familiares. Como dizia bem o político José Mujica: “algumas coisas aprendi na escola, mas o fundamental para ser um cidadão e uma pessoa honesta e íntegra, servidora do bem comum, eu aprendi com a minha família”.

Ser santo é ser plenamente humano, viver a caridade num padrão cotidiano, em todos os relacionamentos e atitudes, e isso nos leva a afirmar, sem receio, a sermos exagerados ou parciais, uma vez que, detrás de cada santo ou pessoa inteiramente humana e serviçal, há uma família educadora, que amou profundamente, e, sem reservas, como Cristo nos ensinou. Deus seja louvado!

 

 

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24 junho 2022, 13:34