Terror volta a atacar cristãos na Nigéria
Vatican News
Cristãos voltam a ser alvo de terroristas na Nigéria. Um comando composto por vários homens armados atacou os fiéis durante a Missa que estava sendo celebrada na manhã de domingo, 19, na Igreja Católica de São Moisés, Robuh, Ungwan Aku, na área do governo local de Kajuru, no Estado de Kaduna.
Três fiéis foram mortos, enquanto outros sofreram ferimentos graves, sendo transportados com urgência ao hospital. Cerca de 40 pessoas estão desaparecidas, e acredita-se que tenham sido sequestradas pelos bandidos na ação.
Segundo fontes oficiais, os comandos chegaram em motos e invadiram vários povoados, começando por Ungwan Fada. Em Robuh, o comando atacou os fiéis na Igreja Batista de Maranata e na Igreja Católica de São Moisés.
A vila de Robuh já havia sido atacada em 5 de janeiro deste ano e 27 de abril de 2020. Por esse motivo, tanto os fiéis das igrejas católica quanto metodista decidiram realizar seus cultos religiosos dominicais às 7h, para permitir o retorno dos participantes à casa o mais rápido possível. Mas desta vez os agressores intervieram pouco depois das 7 da manhã, desferindo o ataque durante os dois atos religiosos.
Os familiares dos sequestrados aguardam agora o pedido de resgate para poderem voltar a abraçar os seus entes queridos, muitas vezes ao preço de terem de vender todos os seus pertences.
Em 5 de junho, domingo de Pentecostes, homens armados invadiram a Igreja de São Francisco Xavier em Owo, Estado de Ondo, matando 41 pessoas e ferindo outras 161.
Por ocasião do ataque, a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou uma nota com a dor do Papa por mais esta tragédia: "O Papa Francisco reza pelas vítimas e pelo país, dolorosamente atingido num momento de festa, e confia ambos ao Senhor, para que envie o Seu Espírito para que os console".
No dia seguinte, o Santo Padre enviou um telegrama ao bispo de Ondo, Dom Jude Ayodeji Arogundade, assegurando sua "proximidade espiritual a todos os afetados por este ato de violência indescritível", e encomendando “as almas dos mortos à misericórdia de Deus", implorando a “cura e consolação divina aos feridos e aos que choram".
“O medo se instalou na mente de alguns fiéis, mas, no entanto, estamos determinados a reanimá-los, mantê-los firmes na fé e confortá-los buscando o contato com todos e não somente com os diretamente afetados. O objetivo é estabelecer um contato direto com eles para fortalecê-los e lembrá-los de que professar nossa fé em Deus significa que entregamos toda a nossa vida. Esta vida é apenas um trânsito para a eternidade - a eternidade deve ser nosso objetivo final”, disse por sua vez à Ajuda à Igreja que Sofre o Pe. Andrew Adeniyi Abayomi, que estava na Igreja no momento do ataque, testemunhando todo o horror vivido pelos fiéis.
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